A semana do Zé Povinho

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É de aplaudir a atitude da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo das Caldas, Óbidos e Peniche pelo facto de ter oferecido um veículo que vai ser usado pelos profissionais de saúde da Unidade de Hospitalização Domiciliária do Centro Hospitalar do Oeste. As equipas que se deslocam às casas de pessoas têm agora um veículo do CHO que substitui um outro alugado. São estas medidas de responsabilidade social que trazem melhorias para toda a comunidade onde esta empresa está implementada e que manteve todas as agências abertas.
Zé Povinho sabe que há quem esteja a passar dificuldades e, por isso, tira o chapéu a todos os que de forma solidária auxiliaram o CHO com os mais variados tipos de dádivas, e que foram fulcrais nesta altura ensombrada pelo novo coronavírus. É assim que se fortalecem as comunidades, com a inter-ajuda e solidariedade entre serviços de saúde, escolas, universidades, empresas e grupos de cidadãos, incansáveis no esforço e nas dádivas para os profissionais de saúde que estão nas primeiras fileiras do combate a esta pandemia.
Zé Povinho agradece a todos os que ofereceram Equipamentos de Protecção Individual – como foram os casos das máscaras, viseiras, máscaras, luvas, e fatos em TNT – assim como os que doaram equipamento informático e de comunicação, assim como unidades de equipamentos médicos como os monitores cardíacos, peças de mobiliário, sem esquecer, os bens alimentares.

Zé Povinho é um curioso utilizador das novas tecnologias de informação e, desde a primeira hora, tem sabido acompanhar, com a distância que se impõe, a realidade das redes sociais. Mas, apesar de vislumbrar inúmeras vantagens na utilização destas plataformas, também reconhece os vários problemas que trazem para o nosso quotidiano, nomeadamente no que diz respeito às fake news.
Porém, o mais preocupante nestas redes de informação é a forma como têm conseguido controlar a quase totalidade dos investimentos publicitários, muitas vezes utilizando algoritmos muito invasivos da privacidade dos utilizadores, tendo como único fito a eficácia para o anunciante, ou seja, o lucro.
Esta semana, ficámos a saber que um vasto conjunto de empresas tiveram a ousadia de retirar a publicidade do Facebook, por considerarem que a empresa pouco ou nada faz para combater a desinformação. Acto contínuo, o Facebook perdeu qualquer coisa como 60 mil milhões de dólares em bolsa, o que muito deve ter desagradado a Mark Zuckerberg, o suposto fundador daquela rede social.
O negócio da publicidade digital rende muitos milhões de dólares e não virá mal ao mundo se os intervenientes neste meio forem capazes de respeitar as regras e, já agora, também pagarem aos jornais, rádios e televisões que produzem informação relevante para as pessoas e cujos conteúdos são partilhados diariamente por biliões de utilizadores sem que os órgãos de comunicação social sejam devidamente ressarcidos. Pelo menos que este boicote feito por grandes marcas, como a Pepsi e a Coca-Cola tenha o condão de levar estas multinacionais, como o Facebook, a lutar contra a desinformação e as fake news. Já seria um ganho importante.