Exportações caldenses caem para pouco mais de metade

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As empresas estão a preparar o regresso à actividade recorrendo à aquisição de equipamentos de protecção individual

As exportações continuaram a cair de forma acentuada no Oeste no passado mês de Abril. A região já perdeu quase 40 milhões de euros em volume desde o início do ano e Caldas da Rainha é um dos concelhos mais afectados. Em Abril, as exportações caldenses caíram para pouco mais de metade do verificado no mesmo mês do ano passado. Já Óbidos e o Cadaval estão em franco contra-ciclo, com forte crescimento.
As empresas das Caldas da Rainha exportaram bens no valor de 5,4 milhões de euros no passado mês de Abril, o que compara com os 10,6 milhões de euros no mesmo mês do ano passado, o que se explica pelo lay-off nalgumas das empresas com maior poder nos mercados externos. Trata-se de uma quebra de 49,2%, depois de, em Março, as exportações do concelho terem decrescido 37,6%.
No Oeste, as exportações caíram no mês passado 18,2%, de 93,7 para 76,6 milhões de euros. A região perdeu quase 25% do volume de negócios com a União Europeia, mas cresceu 2,2% nos negócios extra-comunitários.
A quebra nas exportações afecta sete dos 12 concelhos da região. Além das Caldas da Rainha, Nazaré (-81%), Arruda dos Vinhos (-65,1%), Sobral de Monte Agraço (-37,2%), Alcobaça (-23%), Alenquer (-17,8%) e Torres Vedras (-14,5%) também apresentam quebras, enquanto o concelho do Bombarral apresenta números idênticos ao do período homólogo.
Em franco contra-ciclo surge o concelho de Óbidos, que aumentou as exportações de bens em 56,7%, para 1,5 milhões de euros em Abril. As empresas do concelho obidense viram o volume de negócios para fora do espaço Shengen crescer 138,7% para 826,5 mil euros, superando as vendas para o espaço comunitário, que cresceram 10,3%.
No Oeste, as exportações de bens cresceram ainda nos concelhos do Cadaval (22,4%), Lourinhã (6,1%) e Peniche (2,51%).
Pelos dados divulgados pelo INE, percebe-se que os sectores mais penalizados pela crise associada à pandemia de covid-19 voltaram a ser os ligados à indústria, enquanto a produção de alimentos se mantém em alta.