O mobiliário para espaços exteriores está na moda e (também) é mais sustentável

Mesas, cadeiras, espreguiçadeiras, candeeiros e sofás destinados para áreas exteriores como alpendres, jardins ou de apoio às piscinas são uma nova área da decoração que está na moda e em crescimento na nossa região. Gazeta das Caldas conversou com Ricardo Marques, decorador caldense que abriu, recentemente, um showroom exclusivamente dedicado a esta área. A sustentabilidade é, também neste particular, uma palavra de ordem. Os clientes estrangeiros estão, sem surpresa, a ajudar a mudar as tendências deste mercado

Ricardo Marques, responsável por várias lojas de decoração nas Caldas, explicou à Gazeta das Caldas que actualmente se verifica um grande desenvolvimento no que diz respeito ao mobiliário destinados ao exterior das moradias. Os pedidos relativos a esta área têm sido tantos que este empresário abriu uma loja que só se dedica a este tipo específico de decoração. Há actualmente peças que são muito mais duráveis, feitas de têxteis, alumínios e de fibras sintéticas que são feitas de acordo com as condições climatéricas dos locais onde se situam as habitações. São pois concebidas para aguentar altas temperaturas, diferentes tipos de humidade e que também não se danificam tanto com a chuva nem descoloram com a acção do sol.
“As próprias fibras de vidro já conseguem simular, em alguns casos, materiais naturais”, disse Ricardo Marques, reconhecendo que em Portugal esta área ainda está a dar os primeiros passos. As marcas que estão a desenvolver esta área são oriundas do Norte da Europa e o target a quem estas peças se dirigem é médio-alto, logo são peças caras. “Neste tipo de mobiliário de interior não há que enganar, ou seja, quando uma peça é cara é porque é boa pois é feita com recurso a matérias primas também elas dispendiosas”, disse o responsável. Nesta região, onde muitos estrangeiros possuem as suas moradias, sobretudo nos projectos “chave na mão” começaram a surgir pedidos para mobiliário para as zonas das piscinas e de lazer nos jardins, terraços e até para os roof tops.
“A maioria dos clientes pedia a continuação do projecto de decoração de interior para o exterior da casa para não haver um grande desfasamento”, referiu o decorador. Em Portugal os projectos para exterior começaram a ser desenvolvidos no Algarve onde há mais investimento estrangeiro em moradias de luxo e por isso é mais fácil encontrar lojas especializadas em mobiliário de exterior. “Na nossa região, há dois ou três anos passámos a ter muitos estrangeiros a construir casas, modernas, com a preocupação de criar um espaço exterior agradável”, referiu o empresário destacando que as marcas europeias além da estética apresentam soluções sustentáveis e até de alguma recuperação de materiais. Há por exemplo uma marca que reaproveita resíduos de barcos desactivados. As velas de embarcações como antigos catamarãs são também transformadas e dão origem às bases têxteis para fazer por exemplo grandes espreguiçadeiras.