Mais uma vez o Hospital Termal é objeto da gula dos grupos financeiros ligados à saúde.
Já em 2007 e 2008 a ameaça pairou sobre o Hospital e em 2011, num estudo encomendado ao ISCTE, mantendo embora a ligação ao Serviço Nacional de Saúde, propunha que uma parte significativa do património termal pudesse ser entregue a privados.
Agora, a proposta de Reorganização da Região Oeste- Cuidados Hospitalares, vem apontar para o encerramento do Hospital Termal Rainha D. Leonor com a justificação de que as instituições hospitalares devem centrar a sua atividade na assistência e prestação de cuidados médicos às populações, para que o património do Hospital ( Mata, Parque, igrejas, etc) seja cedido, mediante protocolo, à Câmara Municipal das Caldas da Rainha, assim como equaciona a concessão do Hospital Termal Rainha D. Leonor a uma unidade de gestão hoteleira que rentabilize o equipamento e edifício, desprezando de uma assentada a vocação terapêutica da água.
Isto quer dizer que o governo PSD/CDS atira para o lixo o estudo elaborado há pouco tempo (no qual se gastaram milhares de euros) e segue as pisadas de governos anteriores, considerando que o Ministério da Saúde não tem vocação para a gestão e exploração dum património de importância histórica e artística bem como do potencial do Hospital na área do Termalismo.
É sempre a mesma conversa!
Querem servir os interesses do capital financeiro e colocar ao serviço de uns poucos o património que é de todos, retirando-o do Serviço Nacional de Saúde.
Mas parece que pelos vistos também não têm vocação para prestar cuidados hospitalares a Peniche e Alcobaça (onde se quer acabar com as urgências) e às Caldas da Rainha, onde se propõem acabar com várias especialidades e serviços à população.
Para o PCP e grande parte dos caldenses e das populações dos concelhos vizinhos ( Bombarral, Óbidos, Peniche, Alcobaça), é dado adquirido que o Hospital Termal se deve manter no Serviço Nacional de Saúde, conforme ficou demonstrado com a presença de milhares de pessoas na grande jornada de “Abraço aos Hospitais das Caldas”.
Reafirmamos que é urgente e imperioso conseguir um compromisso entre o Estado e a Comunidade Caldense até porque o Hospital Termal e o seu Património são um legado da Rainha D.Leonor às Caldas da Rainha e ao seu povo, que não pode ser alienado por qualquer governo ( mesmo que a mando da troika) e abusivamente entregue a privados.
Lembramos ainda a deliberação, tomada por unanimidade, em Assembleia Municipal de 19/9/2006, na qual ficou claramente expresso que o Hospital Termal deveria permanecer integrado no SNS, e que não deveria ser alvo de qualquer concessão.
A Comissão Concelhia das Caldas da Rainha do PCP alerta para mais esta tentativa de lesar o património caldense e nacional e apela à indignação de todos, para que se mobilizem e oponham a mais este atentado à nossa história.
O Hospital Termal e o seu património são do povo das Caldas da Rainha.
A Comissão Concelhia das Caldas da Rainha do PCP