No próximo domingo, dia 24 de Janeiro, os portugueses são chamados pela 10ª vez a eleger o seu Presidente da República, escolhendo assim o sucessor de Cavaco Silva, que foi o seu quarto presidente eleito depois do 25 de Abril de 1974.
Desta vez apresentam-se dez candidatos, o que é inédito na quantidade das escolhas, apesar de se saber que os votos vão concentrar-se em muito poucos, destacando-se o candidato Marcelo Rebelo de Sousa, que pode reunir os votos da direita bem como alguns das margens da esquerda. As sondagens dão-lhe vantagem, tentando os restantes candidatos que ele seja obrigado a ir a uma segunda volta, caso não obtenha a maioria de 50% dos votos mais um.
A curiosidade desta campanha eleitoral foi a calma com que decorreu e uma certa desmobilização, que se terá devido à forma pouco agressiva e que o próprio diz ser “afectiva”, que o candidato Marcelo Rebelo de Sousa assumiu, o que nunca aconteceu com uma candidatura à direita.
Os portugueses conhecem Marcelo e as suas deambulações, mas não o temem. A campanha populista que tem desenvolvido não amedronta, mas poderá servir no futuro para que outro candidato mais populista e saído das tribunas dos acontecimentos mundanos, venha tentar a sua sorte e pelas mesmas razões consiga reunir uma maioria considerável de votos, sem para a qual tenha mostrado as suas directrizes políticas.
O resultado desta primeira volta é imprevisível e muitos consideram que a abstenção pode gerar uma incerteza maior do que o habitual no resultado final.
Cá estaremos para ver no domingo os resultados a que se chegou. Haja ou não segunda volta, de certeza que no próximo domingo haverá cortejos de vencedores ou daqueles que conseguiram chegar à segunda volta. Mas o país e os portugueses estão absolutamente calmos, o que é um factor importante.
Boa votação para domingo! As urnas abrem nos locais habituais, às 8h00 e encerram às 19h00. A essa hora serão divulgadas as sondagem à boca da urna, que poderão antecipar o resultado que se conhecerá com segurança duas horas depois.