A poesia de Zeca Afonso não “encaixa” em nenhuma corrente

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A poesia não musicada de Zeca Afonso esteve em análise na Biblioteca

A obra poética não musicada de Zeca Afonso deu o mote ao terceiro evento de celebração dos 40 anos da Festa da Amizade. Aconteceu a 25 de março, na Biblioteca Municipal e foi assistida por 70 pessoas. Os convidados foram a escritora Hélia Correia e o sociólogo Jorge Abegão, que é autor do prefácio de Obra Poética (Relógio d’Água), que reúne os poemas do cantor de intervenção. E foi lido o poema “Zeca” que a escritora lhe dedicou e que originou a canção homónima, musicada por Janita Salomé e cantada por Filipa Pais. Na sessão abordou-se ainda o facto da poesia não musicada de José Afonso ser muito superior à das canções. Parte dos poemas foi escrito, em 1973, quando o cantor esteve na Prisão de Caxias, preso pela Pide. Os convidados falaram sobre o facto da sua poesia “ser independente de qualquer corrente política ou literária”, comentou Élia Mendonça da organização.
A sessão, moderada por Henrique Fialho, contou com música por Nelson Dias, do projeto Cauda da Tesoura, e de José Costa. A sessão fechou ao som de “O que faz falta”. A 6 de abril, às 18h00, no CCC será inaugurada a exposição “Nove capas para Zeca” de José Santa-Bárbara, no CCC. ■

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