Os produtos das Caldas, Óbidos e Alcobaça constituem uma oferta qualificada e diversificada nos aeroportos portugueses, em particular em Lisboa
As gares aeroportuárias (como as marítimas nos países onde estas predominem) são, de há várias décadas para cá, as montras privilegiadas para os passageiros que chegam e partem de cada país, que, com a generalização do transporte aéreo atingem milhões de viajantes nacionais e estrangeiros anualmente.
E quem tem a possibilidade de viajar um pouco para outros países verifica esse fenómeno, e pode estimar a importância que as mesmas desempenham nas economias nacionais e, mesmo internacionais, ao encontrar nas mesmas as principais marcas de produtos de consumo de moda, dos perfumes, das recordações, de alimentação e bebidas, etc.
Já lá vai o tempo em que o Aeroporto de Amesterdão, apostava fortemente em todo o tipo de negócio, para lembrar que naquele aeroporto até havia standes para a venda de automóveis de alta qualidade.
Quem tenha frequentado os aeroportos portugueses, verifica a evolução que os mesmos têm tido, especialmente na oferta qualificada que foram beneficiando, apostando na venda, para além das marcas internacionais, dos emblemáticos produtos lusitanos, desde o vinho do Porto (nos últimos anos acompanhado por qualquer tipo de vinho tinto, branco ou verde), até ao pastéis de nata, passando pelos queijos típicos portugueses, os panos, as louças, produtos de clubes de futebol, livros e discos, etc..
Mas o nosso propósito com esta reflexão, é verificar positivamente que os produtos da região de Caldas, Óbidos e Alcobaça têm crescido e constituem já uma oferta qualificada e muito diversificada nos aeroportos portugueses, especialmente no mais movimentado, que é o de Lisboa. Há, por exemplo, ainda outro fenómeno que são os produtos locais vendidos por outras marcas de outros pontos do país, como é o caso das rolhas decorativas.
No caso das Caldas da Rainha, para além das Faianças Bordalo Pinheiro, que têm um lugar de destaque, com a sua oferta tradicional e mais inovadora proposta nos últimos anos, encontramos produtos das Criações Duro Designers e dos azulejos da empresa Sá Nogueira. Em destaque, temos também Óbidos que foi uma aposta ganha no tocante à ginja que ali se produz e comercializa. Alcobaça apresenta os seus doces conventuais.
Para muitos passageiros, para evitar transportar ao longo das suas visitas estes produtos, aproveitam a oferta que é feito no aeroporto para as compras de última hora.
O aeroporto de Lisboa, que há 50 anos se espera a sua substituição por outro com maior dimensão, qualidade e comodidade, as mudanças nas instalações são quase permanentes, parecendo que o aeroporto no seu interior está sempre em obras, pelo que os espaços ocupados estão sempre a variar.
Há aeroportos em que as propostas regionais são feitas em espaços próprios, não havendo, no nosso caso, provavelmente dimensão e valor suficiente para apostar nesta fórmula, que, contudo, noutros países é proposta também nas estações de serviço das autoestradas. A Autoestrada do Oeste, contudo é o exemplo de uma via quase sem qualquer proposta de promoção turística regional, nem sequer ao nível sinalético. É um exemplo de divórcio quase completo. ■