“Natureza Morta” é como se designa a escultura que o artista plástico brasileiro Barrão está a preparar em Lisboa e onde integra e cola peças da Fábrica de Faianças Bordalo Pinheiro.
A obra será apresentada hoje, 18 de Junho, nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian e integra o projecto “Próximo Futuro” que inclui também obras de Inês Loba e Kilian Glasner.
Para a construção desta obra, Barrão usa as peças de louça da fábrica caldense e volta a dar-lhe nova leitura resultante da colagem de vários formas e até utensílios ligados à porcelana e ao barro.
Barrão nasceu em 1959 no Rio de Janeiro, cidade onde ainda hoje vive e trabalha. As suas primeiras obras surgiram nos anos 80 e ficou conhecido por inverter o primeiro sentido dos objectos, sempre com humor e ironia. Antes usava objectos do quotidiano, do mundo do consumo como electrodomésticos, como frigoríficos, batedeiras e televisões para realizar as suas criações.
Entre 1983 e 1991 integrou o grupo “6 mãos”, com Ricardo Basbaum e Alexandre Dacosta, desenvolvendo actividades com vídeos, músicas, pinturas ao vivo, performances e objectos. Actualmente também faz parte do grupo “Chelpa Ferro”, criado em 1995, juntamente com Luiz Zerbini e Sergio Mekler, desenvolvendo um trabalho que combina instalações sonoras e performances.