Aurélien Lino dedica-se às bandas sonoras

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Aurélien Lino, que dirigiu o Conservatório das Caldas, vive em Lisboa e compõe música para várias vertentes
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Pianista e compositor ligado às Caldas trabalha para cinema, TV, animação e também para campanhas de publicidade

O músico e compositor Aurélien Lino formou-se nas Caldas da Rainha, onde chegou a lecionar e a dirigir o Conservatório local. Atualmente vive em Lisboa e, além de músico, cria bandas sonoras originais para filmes e para animação. No entanto, diz que gosta de alternar entre diferentes trabalhos para evitar rotinas que possam retirar o prazer de trabalhar nesta área”, disse o autor.
Um dos seus últimos trabalhos, com a produtora The End Films – que fundou e que é responsável pela música e som – foi a criação da música de uma campanha publicitária para a marca Salsa, com o motociclista Miguel Oliveira.
“Foi ótimo e muito desafiante trabalhar num projeto que envolve a emoção e a velocidade do Moto GP e do talento do Miguel Oliveira, bem como a associação a uma marca prestigiante”, contou Aurélien Lino, acrescentando que “foram dias intensos para chegar a um resultado à altura dos feitos” do piloto.
Entre os últimos projetos deste compositor, que passou infância e parte da juventude nas Caldas, conta-se a banda sonora para o documentário “1820, A Revolução Liberal”, da realizadora Graça Castanheira. É, ainda, o autor da música de uma série piloto de animação e de uma co-produção da produtora de animação Sardinha em Lata com autores ingleses.

Filmes de animação dão mais liberdade artística ao criador musical

A música para publicidade é mais bem paga mas tem prazos apertados

“São desafios totalmente diferentes, mas é mais fácil para mim trabalhar com animação, onde há maior liberdade artística”, contou o músico. A publicidade, diz, tem a vantagem de ser normalmente bem (ou melhor) remunerada, no entanto, “tem linhas diretivas muito rígidas e prazos de produção muito apertados”. O cinema e a animação “dão mais tempo para “respirar”, o que permite uma maior originalidade que torna os projetos mais pessoais”, acrescentou.
Aurélien Lino, que já foi distinguido pela música que criou para algumas curtas-metragens, sublinha que, além do reconhecimento pessoal, “é muito importante não esquecer que é resultado de um trabalho de equipa”. Para uma parte se distinguir, “todo o resto tem que funcionar”.
O músico é atualmente diretor de Som na produtora Mau Mau Mia, que tem projetos como a nova série Do Contra (herança do Contra Informação), bem como programas na Sport TV e ainda está a preparar uma série para a televisão.
Com a produtora The End Films, continua a trabalhar na música e som de marcas de prestígio na área da publicidade. Como compositor de bandas sonoras, espera trabalhar na curta de animação do realizador Bruno Simões e que vai ser “uma das melhores animações feitas em Portugal nos últimos tempos”. Vai também lançar o novo disco “Short Stories”, no qual reuniu pequenas peças de banda sonoras que não foram usadas. Além disso, pretende editar o disco do quarteto de jazz “Solaris”, que tem dado a conhecer por todo o país.
O compositor mantém-se ligado às Caldas da Rainha, através da família e amigos, mas vem menos à cidade, por causa do confinamento. “Sinto falta de visitar familiares, do triângulo do Pingo de Mel e de passear pela Praça da Fruta”, rematou o músico. ■

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Aurélien Vieira Lino
Músico, compositor, diretor de som

Entre 1990 e 1998, estudou Piano no Conservatório das Caldas. Prosseguiu estudos musicais na Universidade Nova e estou Jazz no ESMAE no Porto. Em 2010 foi diretor do Conservatório caldense e responsável pelo Festival Musicaldas. Especializou-se em novas tecnologias da música e em Orquestração para Cinema . Trabalha como músico, compositor e criador para filmes, animação, TV e publicidade

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