O caldense continua a trabalhar com diferentes técnicas de gravar peças em madeira
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Casimiro Nascimento trabalhou na hotelaria suíça e chegou a ser consultor na Escola de Hotelaria de Lausanne. Foi naquele país que aprendeu a fazer gravura à faca e pirogravura em madeira, actividade que mantém e que gostaria de dar a conhecer na sua terra natal

O caldense Casimiro Nascimento tem 69 anos e esteve emigrado durante vários anos na Suíça, trabalhando na hotelaria em vários cantões. Foi naquele país que aprendeu a trabalhar artesanalmente peças de madeira, fazendo gravura com faca e pirogravura.
Ainda não tinha 12 anos quando começou a trabalhar na Secla, onde conheceu artistas como Ferreira da Silva e Herculano Elias. Este último foi seu professor no curso de cerâmica que frequentou na Escola Comercial e Industrial. Mais tarde ainda foi protésico dentário do Dr. Lamy, fazendo as dentaduras dos seus clientes nos seus consultórios no Oeste.
Aprendeu a cozinhar com a sua mãe e foi cozinheiro em Angola, durante a tropa. “Cheguei às Caldas a 30 de Abril de 1974… apenas cinco dias depois da Revolução!”, disse o caldense, recordando que se viviam dias de algum alvoroço e de grandes celebrações como a do 1º de Maio. “Conheci Zeca Afonso sobretudo por causa dos meus irmãos”, contou o artesão, explicando que o cantautor quando vinha às Caldas ficava em casa de Fernando e José Nascimento. Lembra-se do cantor de intervenção no Café Central e dos seus passeios no Parque D. Carlos I. Com 19 anos decidiu “ir a salto para França, sem dinheiro no bolso”. Partiu no dia 15 de Agosto, sem dizer nada a ninguém. Casimiro simplesmente partiu para ir ter com um irmão que vivi em Marselha, cidade onde trabalhou uns tempos também num restaurante. E tinha 29 anos quando resolveu ir viver para a Suíça onde sempre se dedicou à hotelaria tendo chegado a ser consultor e examinador de futuros empregados de mesa na Escola de Hotelaria de Lausanne.
Agora reformado, voltou à sua terra natal há cinco anos e continua dedicado aos seus trabalhos artesanais, feitos em madeira de tília. Na Suíça, o caldense chegou a realizar duas exposições em Glaud e em Nyou. Além de tabuleiros faz também quadros e cabides murais. Um tabuleiro gravado à faca “pode levar 62 horas de trabalho”, contou o artesão enquanto mostra um exemplar decorado com rosáceas e vários formatos de sulcos e que, ao longe, até parece que foram bordados.
Cada trabalho de madeira pode custar entre os 250 e os 300 euros consoante o trabalho, contou o artesão que caracteriza com vários símbolos, letras góticas e aves (outra das suas paixões). Casimiro quer realizar uma exposição para dar a conhecer a sua arte à sua terra natal.

Escritora Regina Guimarães nas Caldas

A escritora é natural do Porto e vem às Caldas dar a conhecer a sua poesia

A poetisa e dramaturga Regina Guimarães é a convidada de segunda sessão do ciclo de poesia Diga 33, que se realiza na Sala-Estúdio do Teatro da Rainha no próximo dia 16 de Junho, a partir das 21h30. Nesta sessão, que será coordenada pelo poeta Henrique Fialho, será conhecido o percurso desta autora e será ouvida a sua poesia.
O ciclo de poesia Diga 33 voltou a realizar-se a 2 de Junho com uma sessão dedicada à apresentação de várias peças que já foram interpretadas pelo Teatro da Rainha.
Nascida no Porto, em 1957, Regina Guimarães é poetisa, cineasta, encenadora, dramaturga, letrista, professora universitária e fundadora da editora Hélastre.
A sessão nas Caldas decorrerá com a lotação da sala reduzida a cerca de 30 lugares, para cumprir as regras de afastamento social, sendo obrigatória a reserva de lugar.
A companhia de teatro caldense retomou a actividade com os ensaios de “O Discurso do Filho da Puta”, de Alberto Pimenta, que vai estrear a 24 de Junho.

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