Caldense tem curta-metragem no Indie Lisboa

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“O Pomar” é uma curta sobre a apanha da pera e foi co-realizada pela caldense Ana Manana. Estreia no sábado num festival na capital

 

A curta-metragem “O Pomar” – sobre a apanha da pera rocha – vai estrear no Festival Indie Lisboa no sábado, dia 25 de maio, às 21h30 no Cinema São Jorge e vai ter outra exibição no dia 28 de maio, às 19h15 no Cinema Fernando Lopes. Vai estar também no Festival FEST em Espinho, no final de junho.
A caldense, Ana Nunes, mais conhecida por Ana Manana, tem 27 anos e formou-se em Design de Comunicação nas Belas Artes de Lisboa. Atualmente está a estudar Antropologia Visual na Universidade Nova. Com Joana Lourenço filmou “O Pomar” que tem 15 minutos, passa-se em 2011 e conta a história de ficção sobre uma rapariga que trabalha no negócio da família, relacionado com a apanha de pera rocha.
“A vinda de uma amiga para passar férias, irá colocar em causa as escolhas da personagem principal”, contou a caldense à Gazeta que sempre conheceu gente que ia apanhar pera.
A autora está também a trabalhar no futuro documentário “A Cena das Caldas” e, está neste momento , na fase de pesquisa e pedindo a quem fez parte desse movimento se cede fotografias e materiais sobre as iniciativas da A062.
O estudo centra-se nas iniciativas culturais – de música e artes plásticas – que tiveram lugar nas Caldas entre 1990 e 2003, época áurea quando existiam vários grupos de música e se realizavam iniciativas de várias artes.
A autora nasceu em 1996, data em que surgiu a A062, associação que colocou as Caldas no mapa da música pop rock e independente.
“Sempre me interessaram os espaços de comunidade e de criação artística onde as pessoas partilham referências, músicas, fotografias e vídeos”, disse a autora, interessada em estudar estes espaços de pertença “que é característico também das Caldas e que está por documentar”, afirmou a realizadora.
Depois de “desenterrar” arquivos, Ana Manana irá filmar e entrevistar os vários intervenientes, colocando-os em locais onde atuaram ou ensaiaram.
Quer também regressar aos locais onde funcionou o GAT e as sedes da A062 para realizar um documentário, um site e também uma exposição pois “irão celebrar-se os 30 anos da A062 em 2026”, sublinhou a realizadora que já trabalhou em comunicação e em televisão. Do seu currículo faz parte um documentário sobre duas DJ’s de funk brasileiro que atuavam em lugares alternativos de Lisboa. Atualmente interessada em cinema realizado por mulheres, Ana Manana nomeou Chantal Akerman, Céline Sciamma e Alice Rohrwacher como suas realizadoras favoritas. ■

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