Centro cultural lotado para assistir à gala de ópera da BCI

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Rita Marques e Filipe Moura trouxeram árias de ópera ao CCC, a convite da BCI e todos foram aplaudidos de pé

Árias das óperas de Puccini, de Donizetti Rossini, de Verdi e de Strauss entoaram-se no palco do CCC.
Os cantores, ambos caldenses, Rita Marques e Filipe de Moura foram os convidados da Banda Comércio e Indústria (BCI) e todos fizeram do concerto de Ano Novo, uma atuação memorável. Todos os lugares do grande auditório estiveram ocupados com gente de todas as idades, preenchidos por muitos familiares e amigos dos músicos e dos cantores.
Adelino Mota, além dos músicos, também ensaiou o público para que as palmas que acompanham os temas do final desta gala não saíssem de ritmo.
Depois de ouvir “Mio caro babbino”, de Puccini, “Uma furtiva Lagrima” de Donizetti, Mein Herr Marquis de Strauss, “La Donna é Mobile” de Verdi houve ainda tempo para ouvir os dois cantores em dueto nos temas Coro di Schiavi Ebrei e Brindisi de “LA Traviata”, ambos de Verdi.
No final, a soprano Rita Marques acha que seria uma boa ideia poder voltar a repetir esta atuação “desde que seja possível conjugar agendas e também podemos fazer outros repertórios”, disse a cantora caldense.
Já para Filipe de Moura, estas experiências entre profissionais e amadores “são fundamentais” pois é uma forma de motivar os músicos, pois podem ser motivados a elevar o seu nível de exigência” e até porque sabe que há vários músicos profissionais que iniciaram as suas carreiras na BCI. É o caso da soprano Rita Marques que começou neste grupo. “Foi nesta banda que comecei a aprender solfejo, depois clarinete e ainda oboé”, contou a caldense que ainda chegou a fazer parte de uma banda juvenil da BCI, ainda sob a batuta de João Paulo Fernandes. Tudo antes de ter ido para o Conservatório, em Lisboa, e depois ter deixado de poder vir aos ensaios, pois o canto começou a sobrepôr-se e a pedir dedicação exclusiva à caldense.
Rita Marques fará “Falstaff “no São Carlos, depois de ter integrado o elenco de “Die Fledermaus” no Tivoli. Filipe de Moura fará um projeto de musicais com a Orquestra da Vestiaria (Alcobaça). Apesar de ter nascido nas Caldas, o tenor vive no concelho de Alcobaça e está em crer que o CCC “é uma das melhores salas do país das que se construíram nos últimos vinte anos”.
A Gala de Ópera no Concerto de Ano Novo foi um projeto apoiado pela DGArtes e as expetativas “foram totalmente superadas”, disse Adelino Mota. Os temas tiveram que ter arranjos para banda filarmónica e a BCI esteve a trabalhar nas canções para esta gala desde setembro passado, à exceção do Barbeiro de Sevilha, que já tinham interpretado em tempos. “Continuamos a ter projetos para surpreender a cidade”, disse o maestro Adelino Mota que já está a preparar um encontro com a Banda de Ourém, que irá contar com 120 músicos em palco, possivelmente em maio. Até lá o grupo terá várias atuações em festas, como na do Valado dos Frades e depois na de Tornada.
A BCI também está a preparar uma concerto para celebrar os 50 anos do 25 de Abril que será, como habitualmente, dedicado à música portuguesa. “Vamos continuar a trabalhar e a dignificar o nome da cidade”, rematou o maestro. ■

Os cantores, o diretor da BCI, o edil caldense e o maestro Adelino Mota