Autarca deu a conhecer cerâmica das Caldas, que foi destacada pelo seu importante papel na internacionalização lusa
Decorreu nos dias 19 e 20 de Janeiro, em Aveiro, o I Congresso Nacional e Mostra de Cidades e Vilas de Cerâmica, com a apresentação de mais de duas dezenas de membros desta Associação nacional. Caldas da Rainha foi dada a conhecer pela vereadora Conceição Henriques, que fez uma história da evolução da cerâmica caldense.
Alexandre Pais, diretor do Museu Nacional do Azulejo dissertou sobre a História da Cerâmica em Portugal e a Globalização, tendo destacado o papel importante, no processo de internacionalização da cerâmica portuguesa, da louça feita nas Caldas a partir do sec. XIX. Baseada nas correntes que seguiam a louça de Palissy, as peças caldenses destacaram-se na Exposição Portuguesa do Rio de Janeiro, em 1870, bem como na Exposição do Centenário de Filadélfia, em 1876, ambas antes da chegada de Bordallo às Caldas. Já com este último, novo destaque na Exposição Internacional de Paris, em 1889, com o pavilhão português no Quai d´Orsay. Decorado por Bordalo foi mais um êxito na época. Durante o Congresso houve intervenções sobre temas atuais da cerâmica portuguesa. Cláudia Domingues, vice-presidente da APICER, apresentou o potencial da cerâmica portuguesa no mundo, ao passo que Jorge Marques dos Santos, presidente do CTCV, a dinâmica daquele Centro Tecnológico no apoio ao setor e à sua modernização. A equipa de design das Cerâmicas S. Bernardo – PP&A, apresentou o projeto Claraval utilizando tecnologia revolucionária que transforma sons em formas e que contou com a participação da cantora alcobacense, Sónia Tavares.
Realizou-se também a Assembleia Geral do Agrupamento Territorial Europeu das Cidades Cerâmicas, que elegeu, por unanimidade, Portugal para presidir a esse agrupamento no próximo biénio a partir de 2024. Na reunião participaram representantes de seis dos sete países que compõem este Agrupamento Europeu, formado por Itália, França, Espanha, Roménia, Alemanha, República Checa e Portugal. Só a Roménia não se fez representar.
No final do Congresso foi anunciado que caberá a Barcelos realizar,em 2026, o II Congresso Nacional e Mostra de Cidades e Vilas de Cerâmica. ■
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