Aos 19 anos, o DJ caldense corre o país para passar som em várias festas. Gosta de animar eventos, de pôr todos a dançar e este verão já passou música no festival de praia, o RFM Somnii
O caldense Tomás Marques decidiu dedicar-se a aprender o que precisava para ser um Disc Jockey (DJ) e fê-lo durante o primeiro confinamento. Adquiriu o equipamento e foi aprendendo a “dominar” a mesa de som, experimentando e evoluindo, na escolha de repertório e na mistura de temas.
Atualmente, aos 19 anos, já é requisitado para festas com milhares de pessoas assumindo que adora ver as pistas a encherem-se de gente, satisfeita em ouvir e dançar ao som das propostas musicais que apresenta. Aquando do recolher obrigatório, a rede social TikTok cresceu e atraiu a atenção dos jovens. Tomás Marques começou a colocar alguns vídeos a passar música, e assim que se deu a abertura dos espaços de diversão foi convidado a passar som em bares e nalgumas discotecas. A fama chegou depressa.
“Passei a ser reconhecido na rua: ‘Tu és o DJ do Tik Tok!’”, explica o DJ, que era solicitado por vários jovens, até para lhe pedirem para tirar fotografias com ele. Os vídeos, publicados durante o confinamento, facilmente ultrapassaram o milhão de visualizações.
O caldense começou por fazer festas no distrito de Leiria e rapidamente começou a ser chamado para atuar no Alentejo, Algarve e também no Norte do país.
O jovem, que completou o 1º ano do curso de Marketing na Universidade de Aveiro, tem uma agenda cheia de eventos durante o mês de agosto e em julho foi convidado para o RFM Somnii, o maior festival de praia de Portugal. “Fui convidado pela organização para participar na receção ao campista”, explica, orgulhoso, o jovem, acrescentando que a edição de 2022 decorreu durante três dias na Figueira da Foz.
“Em outubro passado tocava em bares e, neste verão, já cheguei aos festivais”, disse o caldense, que teve uma ascensão meteórica e está feliz por ter conseguido conquistar a independência financeira. O seu trabalho de DJ até já lhe permitiu comprar o próprio automóvel.
Para ele, ser DJ é fazer uma performance. “Pagam-me para que as suas casas se encham e para entreter as pessoas”, disse o jovem, que procura fazer uma boa gestão da carreira, contando com o auxílio de alguns amigos. Sublinha que tenta agradar a quem dança e passa todos os géneros, desde tropical, funk, “remember” eletrónica, música portuguesa e brasileira . E tenta “sentir” o que quer o público que tem à sua frente, assinalando que há gostos que diferem consoante a zona do país.
O caldense, que já tem convites para atuar em festas em outubro, conta que vai participar em grandes palcos e em várias receções ao caloiro. Também vai estar na festa das Gaeiras (8 a 11 de setembro), informou Tomás Marques, que se quer manter fiel a si próprio, apesar de ser um DJ conhecido. “As Caldas é uma cidade com muito talentos”, disse o artista, que só lamenta que, atualmente, a terra natal “praticamente não tenha vida noturna”. ■