Feira de autor deu o pontapé de saída para o Caldas Late Night

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Notícias das Caldas
A Feira de Autor teve 30 projectos inscritos, concertos, sessões de poesia, lançamentos de livros e até um espaço para jogos | M.B.R.

Falta mais de um mês para o Caldas Late Night, que este ano se realiza nos dias 1, 2 e 3 de Junho, mas já se sente o pulsar do evento na cidade. A organização do CLN 2017 juntou-se ao Grémio Caldense de Cultura e Recreio para dinamizar uma Feira de Autor, com o objectivo de fazer a primeira chamada ao Caldas Late Night.
A iniciativa realizou-se no espaço contíguo ao Céu de Vidro, no dia 25 de Abril, e reuniu no mesmo espaço uma feira, concertos, sessões de poesia, lançamentos de livros, jogos e comes e bebes. Toda uma celebração à liberdade criativa no Dia da Liberdade.

Trabalhos em serigrafia, risografia e aguarela, ilustrações, pinturas e gravuras. Postais, cadernos, pins, vinis, t-shirts e edições de autor. Latas de conserva personalizadas e plantas. Uma mesa de ténis de mesa, muitos jogos de tabuleiro e um espaço de “atira-ao-alvo” com barro. Sem esquecer a sangria, os salgados e as bifanas. Era este o ambiente da Feira de Autor, promovida pelo Grémio Caldense, que se realizou pela primeira vez nos Silos e que tem vindo a crescer, estreando-se agora no Céu de Vidro. Nesta terceira edição inscreveram-se cerca de 30 projectos independentes. Destaque para as actuações dos grupos musicais 7000 EICHEN, Parpar e Sonora Parceria, bem como para a apresentação do livro “Poesia rasca para ouvir na tasca”, de Sérgio Bento.
Foi ainda possível reviver os primeiros tempos do Caldas Late Night através da visualização do documentário “Rebobina”, elaborado em 2008 por três finalistas de Design Gráfico da ESAD, numa altura em que o CLN atravessava um período de menor euforia. “Quisemos contar a história do Caldas Late Night, entrevistámos os seus fundadores, pessoas que o viram nascer, compilámos imagens e vídeos antigos, contextualizámos com texto, e hoje o filme ainda é apresentado aos novos alunos para que entendam o verdadeiro espírito do CLN”, disse Tomás Emídio, um dos autores do documentário.
Guilherme Furtado, aluno da ESAD e elemento da organização do Caldas Late Night, disse à Gazeta das Caldas que se associaram ao Grémio Caldense para “começar a pôr a cidade a mexer e despertar nos jovens o espírito criativo espontâneo associado ao CLN”. E que o facto da Feira de Autor coincidir com o feriado foi uma “oportunidade para aproximar os caldenses ao evento, que se pretende que não atraia apenas os estudantes”.
Este ano não existe um tema ou conceito para o Caldas Late Night, mas sim a vontade em criar uma “revolução artística” com o propósito de fazer o evento recuar às origens. “É impossível recriá-lo nos mesmos moldes de há 20 anos, mas queremos voltar a dar especial ênfase às artes, às exposições e performances, mais do que ao lado festivo. A festa deve servir apenas para comemorar o final do Caldas Late Night em vez de ser o ponto principal do evento”, acrescentou Patrícia Pimenta, também da organização.
Nos últimos anos o Caldas Late Night tem-se realizado no último fim-de-semana de Maio, mas em 2017 o evento foi adiado para os primeiros três dias de Junho de forma a não coincidir com o Comunicar Design, outra iniciativa promovida pela ESAD.