Irina Oliveira, formada na ESAD, realizou a melhor curta-metragem experimental. É uma das autoras distinguida pela Academia de Cinema
O filme “Semear, ouvir, fluir”, de Irina Oliveira, autora que terminou a formação em Som e Imagem na ESAD, venceu os Prémios Sophia Estudante 2021, na categoria de Melhor Curta-Metragem Experimental. A jovem, de 21anos, é da Marinha Grande, fez a formação no ramo Cinema e não cabia em si de contente quando soube que era a vencedora.
Os prémios foram anunciados, em sessão online, na passada sexta-feira pela Academia Portuguesa de Cinema.
“Quis oferecer uma viagem sensorial ao espetador sobre as experiências estéticas que é possível ter no nosso dia a dia”, disse à Gazeta a realizadora, que se comove com momentos da natureza, com uma composição musical ou com uma obra de arte num museu.
Neste filme, oferece o “olhar” e quer “partilhá-lo com o público”, disse Irina Oliveira, que incluiu na “curta” imagens captadas em Londres, numa viagem feita antes do confinamento e às quais juntou filmagens que realizou em várias localidades da zona Centro.
“Foi uma grande surpresa quando soube que o filme vai estrear em sala no DocLisboa”, acrescentou a autora de“Semear, ouvir, fluir” que vai marcar presença no festival internacional de cinema de Lisboa.
A curta-metragem, que tem composição musical de Jorge Castanho e João Faria, também está na lista de nomeados de outros concursos nacionais e internacionais. Irina Oliveira, que tem como referências na área do cinema as obras de Toshio Matsumoto, Paul Clipson e Aldo Tambellini.
A marinhense quer prosseguir estudos, mas não em confinamento. Por isso, está à procura de emprego numa produtora que lhe permita trabalhar nas áreas dos filmes experimentais e do documentário. Das 26 curtas-metragens nomeadas, foram selecionados os três primeiros de cada categoria para disputar o grande Prémio Sophia Estudante. O vencedor receberá um prémio monetário de 5 mil euros, com patrocínio da NOS. ■