Hoje, a partir das 10h00, no Museu do Ciclismo, vão estar à disposição das mãos voluntárias kit’s de costura, máquinas e a garantia de um dia bem passado.
Este workshop que decorre durante todo o dia é gratuito e solidário, sendo organizado pela Dress a Girl around the World – Portugal, uma Organização não Governamental (ONG) americana, fundada em 2009 para levar a meninas de países carenciados roupa que lhes permita mais dignidade, protecção e esperança. Quem quiser participar vai aprender com facilidade a fazer vestidos que se destinam a raparigas carenciadas que vivem nos vários Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
A Dress a Girl around the World é apoiada pela Casa Felizardo. As voluntárias que não puderem estar presentes a 2 de Fevereiro têm sempre a possibilidade de levantar dois kits pré-preparados, fazer em casa e depois entregar os vestidos. Quem quiser participar, basta enviar um mail para museu.ciclismo@gmail.com e inscrever-se (ou aparecer no Museu pois pode haver lugares vagos).
“Eu tive uma máquina igual a esta!”
A exposição que reúne 30 máquinas de costura abriu portas na tarde de domingo, 28 de Janeiro. A mostra aposta também nos muitos acessórios que eram necessários às costureiras na primeira metade do século passado e como tal integra peças (latas, máquinas de costura e vários complementos) das colecções de Mário Lino, o director do Museu do Ciclismo e também várias miniaturas de máquinas de costura que pertencem a Ana Leal, a presidente do Conselho da Cidade.
Presente na inauguração esteve o presidente da Câmara, Tinta Ferreira que referenciou o trabalho do Museu do Ciclismo, na promoção daquele desporto, assim como de outras vertentes mais relacionadas com a cultura e com a sociedade caldense. “A actividade de costurar roupa foi importante na cidade do ponto de vista da economia local”, disse o edil que é amigo e foi colega de escola de Mário Felizardo, o actual responsável da Casa Felizardo que ainda sublinhou o trabalho feito pelo seu bisavô, avô e pai em relação à venda das máquinas de costura na cidade. A iniciativa foi apoiada pela Gazeta das Caldas.
Entre quem visitava a exposição, estava Inês Timóteo, de 65 anos. “Esta máquina é igual à que havia na minha casa”, disse a caldense explicando que a sua mãe a comprou nos anos 50. “Foi comprada na Casa Felizardo e a minha irmã, que hoje tem 80 anos – fez lá o curso de corte e costura e também aprendeu a bordar”, disse Inês Timóteo, contando que a sua irmã lhe bordou um bibe com a história do Capuchinho Vermelho. Quando cresceu aprendeu as artes de linhas e agulhas. “Gostava muito de trabalhar nela porque era a pedal. Costurei muito nestas máquinas”, rematou.
Por seu lado Teresa Teodoro, 58 anos, também apreciava uma máquina que era igual à da sua casa. A sua fechava-se e ficava por dentro de um móvel. “Em 1975 a minha mãe tirou o curso e ensinou-me posteriormente a costurar”, contou a visitante que também aprendeu a bordar. “Fiz vários pijamas inteiros, em flanela, para os meus filhos dormirem bem quentinhos”, disse Teresa Teodoro que ofereceu a máquina da família ao seu filho. “E sei que a minha nora também a usa”. A visitante ainda hoje costura e está a tentar passar o gosto à sua neta.