Historiadora mostrando documento pessoal e como este deve ser arquivado
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Como será feita a pesquisa de quem quiser saber como era o quotidiano de hoje, daqui a 100 anos? Historiadora caldense falou sobre o tema
“Evidência(s) do eu”: como tratar os arquivos pessoais? foi o título da segunda conferência do ciclo de conferências PH – Grupo de Estudos, na Universidade Sénior Rainha D. Leonor. Esta foi dinamizada pela historiadora caldense, Joana Beato Ribeiro e assistida por algumas dezenas de alunos daquela escola.
A autora quis passar algumas dicas sobre qual a melhor forma de catalogar os nossos próprios documentos para que, no futuro, possa ser possível averiguar como era o nosso quotidiano.
Segundo arquivistas internacionais, “o maior arquivo de cada um na atualidade é o seu telemóvel”, contou a convidada acrescentando que “os nossos e-mails são a nossa correspondência de hoje”, referiu a investigadora caldense que está a realizar o seu doutoramento sobre a vida e obra do médico Fernando Correia. Parte do seu estudo implica analisar as nove mil cartas, recebidas por este médico que se correspondia com personalidades nacionais e internacionais.
“Por mais que cada um de nós considere que a sua vida é simples e que o nosso contexto não é relevante para a História, nós somos uma peça de um puzzle que é a comunidade local”, disse Joana Beato Ribeiro que não sabe com clareza como será feita a investigação futura. “Será que alguém vai guardar os discos rígidos onde guardamos cópias dos nossos e-mails? Haverá tecnologia para poder abrir essa informação?”, questionou a autora que também pertence à associação PH. A historiadora, tendo por base as recomendações do docente da Universidade de Coimbra, Armando Malheiro da Silva, explicou que, para os arquivos pessoais e familiares, uma possível catalogação pode seguir a partir das fases da vida do próprio produtor informacional”. Defende então o uso de uma estrutura para a organização do arquivo: infância, a adolescência e a idade adulta. Podem ainda dividir-se os materiais consoante o tipo de documento como fotografias, produção intelectual e correspondência, tal como aconteceu com a análise do arquivo de Fernando Correia e que têm interligações entre si. O facto de cada pessoa poder trabalhar o seu próprio arquivo, “permite que cada um também estabeleça as categorias que considere relevantes”, disse a investigadora que recordou que há fundos do PRR que se destinam para a digitalização de arquivos de entidades públicas, o que revela preocupação com esta área que permitirá construir a memória futura. ■
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