Loopooloo, uma banda de sete amigos que toca há 20 anos

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LOOPOOLOOAntes de formarem os Loopooloo, os quatro amigos André Sentieiro, Gonçalo Gomes, Rui Filipe e Gonçalo Catarino já tocavam juntos. O grupo iniciou-se em 1994, primeiro com o nome de Mother’s Scream, até 1996, e depois com Tom’s Globin. Só quatro anos mais tarde, em 1998, nasce aquela banda conhecida por ter muitos “ós” – os Loopooloo – que além de incluir os membros originais, conta também com Carlos Ceia, Nuno Lopes e Nádia Schilling. No currículo da banda caldense constam várias participações em colectâneas, nomeadamente no álbum “Movimentos Perpétuos: Música para Carlos Paredes” (2003) com o tema “E mais uma coisa” em homenagem ao guitarrista Carlos Paredes, e ainda o lançamento do seu EP homónimo em 2013.

“B.I. da Banda”

Banda:

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Loopooloo

Membros:

Nádia Schilling (voz),

André Sentieiro (bateria),

Gonçalo Gomes (guitarra),

Carlos “Charlie” Ceia (guitarra),

Rui “Joe” Filipe (guitarra),

Gonçalo Catarino (baixo)

Nuno “Deivide” Lopes

(Sintetizadores)

Género musical:

 Rock Alternativo; Experimental; Electrónica

Discografia:

EP “Loopooloo” (2013)

Onde ouvir:

loopooloo.bandcamp.com

Recuemos vinte anos e encontramos os Mother’s Scream a ensaiar ao final da tarde, das 18h30 às 20h. O grupo encontrava-se religiosamente depois das aulas, recorda Rui Filipe, um dos guitarristas. De Mother’s Scream passaram a Tom’s Globin e finalmente a Loopooloo.

 “Tivemos diversos nomes porque os gostos musicais mudaram, começámos a ouvir outro tipo de som e a adicionar novos instrumentos”, explica Rui Filipe.

Inicialmente, Vanessa Fazendeiro fazia as honras à parte vocal, mas acabou por deixar a banda pouco tempo depois e foi Gonçalo Catarino quem a substituiu. Contudo, devido a problemas na voz, o baixista deixou de poder cantar e a banda entrou num período apenas instrumental, que só terminou com a entrada da vocalista Nádia Schilling, em 2012.

“Convidaram-me para interpretar uma série de músicas antigas que tinham voz, a propósito de um concerto”, relembra a actual vocalista dos Loopooloo. Este concerto, na altura organizado pela Associação 062 – Arte e Comunicação das Caldas da Rainha foi um dos mais emocionantes para a banda, não só porque marcou um novo ciclo dos Loopooloo, agora com vocalista, mas também porque foi apresentado um documentário que conta todo o percurso dos músicos caldenses desde 1994.

A entrada de Nádia Schilling para os Loopooloo trouxe mais que uma voz, concordam os membros da banda. Gonçalo Catarino especifica que a vocalista incutiu“método, organização e disciplina”. Se antes a maioria dos temas surgia no improviso dos ensaios, agora gravam-se esses momentos, para que “cada um possa levar o resultado para casa e o trabalhe individualmente”, esclarece a vocalista. No ensaio seguinte, agarram-se as melhores ideias.

É com a voz de Nádia Schilling que dois temas antigos ganham uma nova interpretação no EP “Loopooloo”: “Start” e “Tremolin”, aos quais se junta “Lovely Mongol”, uma música criada de raiz pelos sete elementos da banda. Nesta nova era de Loopooloo é a vocalista Nádia quem escreve as letras.

 “A música que faço tem sempre alguma melancolia, mas em concerto aquilo que passa é o facto de um grupo de amigos estar a tocar, num ambientedescontraído e alegre”, conta Nádia Schilling.

Além das actuações em palco, os Loopooloo já mostraram dar cartas noutras áreas: foram desafiados a criar músicas para um bailado e para um anúncio televisivo da marca automóvel Mitsubishi e contam também com uma actuação numa peça de teatro. Para o guitarrista Rui Filipe, estas experiências foram“muito interessantes, porque são áreas onde não estávamos habituados a trabalhar, o que nos obrigou a aprender mais”.

Dos sete amigos, somente três residem nas Caldas e, por isso, torna-se difícil reunir todos os membros para ensaiar.

“É complicado conciliar os compromissos familiares e profissionais com a banda, mas não vamos deixar de tocar nem de dar concertos”, afirma Rui Filipe, “nem que seja de dez em dez anos”, acrescenta Gonçalo Catarino em tom de brincadeira. Acima de tudo, Rui Filipe acredita que se a banda existe há 20 anos é “porque há uma verdadeira amizade” que liga todos os elementos de Loopooloo e acrescenta: “mesmo velhinhos e de andarilhos, os Loopooloo continuarão a tocar”.

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