Em 2017 o Museu Malhoa teve 30 mil visitantes, tendo diminuído em 2018 para 28.480. O Museu de Cerâmica tinha tido 25.273 e diminuiu para 21.209 visitantes. Carlos Coutinho, director dos dois museus oestinos (dependentes da Direcção Regional de Cultura do Centro) referiu que este ano pretende continuar a apostar em iniciativa internacionais, tal como aconteceu no Museu Malhoa, que recebeu o Congresso Internacional de Organologia. Iniciativas como esta contribuíram para atrair ao museu visitantes de outras nacionalidades. Os estrangeiros passaram de 2151 em 2017 para 2443 no ano seguinte.
O director salientou também as exposições referentes ao escultor Delfim Maia e Reviver Malhoa e ainda todo o programa expositivo e de conferências em volta da vida e obra do médico Fernando Correia.
Em relação ao Museu de Cerâmica, os números mostram também uma redução do número de visitantes: de 25.273 em 2017 passou-se para 21.209 no ano passado.
Museu do Hospital com menos visitantes
O Museu do Hospital e das Caldas foi visitado em 2016 por 20 mil pessoas. Um ano depois, foram cerca de 18 mil e, no ano passado, apenas 13.600. Este números referem-se às visitas ao museu, mas também ao património termal, ou seja, inclui igualmente as visitas realizadas à Igreja do Pópulo, ao Hospital Termal e à Capela de S. Sebastião.
Tendo em conta apenas o museu que se situa no antigo Palácio Real, este foi visitado em 2016 por 5.930 pessoas, em 2017 por 6509 e em 2018 por 4998.
Segundo a técnica, o decréscimo de visitantes deve-se em grande parte “a uma redução de recursos humanos ao longo dos últimos anos, o que faz com que não consigamos assegurar a abertura em permanência de todos os espaços, nem reencaminhar visitas de uns espaços para os outros, e obviamente a uma diminuição de actividades pelo mesmo motivo”.
Ao todo, a equipa do Museu do Hospital já chegou a integrar oito elementos só que, neste momento, são apenas três pessoas, à qual se soma o funcionário da Igreja do Pópulo. Com o dobro dos elementos, o acompanhamento aos visitantes era melhor, pois permitia visitar mais espaços do património termal. Por exemplo, actualmente, na Capela de S. Sebastião, não está nenhum funcionário em permanência.
Um dos ex-libris durante a visita ao Hospital Termal é a piscina da Rainha, não só por toda a contextualização histórica, mas sobretudo “pela experiência sensorial, pelo contacto com o calor e o cheiro das águas”, disse Dora Mendes, uma das responsáveis que dirige as visitas guiadas.
Entre os visitantes estrangeiros contam-se sobretudo brasileiros e alemães, além da comunidade de residentes que organiza visitas à região.
Segundo Dora Mendes, a maioria dos turistas de outras nacionalidades chega às Caldas da Rainha através de agências de viagens. Segundo aquela responsável há muitos grupos organizados sobretudo de visitantes espanhóis.
“Um espaço de memórias”
As visitas ao Museu do Ciclismo têm-se mantido relativamente constantes. Registou-se em 2018 um ligeiro aumento de visitantes pois passou-se de 5289 em 2017 para 5478 em 2018. Para Mário Lino, responsável por aquele espaço museológico da autarquia, o maior salto no número de visitantes aconteceu entre os anos de 2015 e 2016, altura em que “quase duplicámos os números”, disse à Gazeta das Caldas. Passou-se de 3808 visitantes para 6658. Nos dois anos subsequentes, diminui para os 5000 visitantes. O Museu do Ciclismo tem uma exposição permanente dedicada àquele desporto no primeiro andar, mas é no rés-do-chão que decorrem as mostras temporárias, muitas em parceria com várias entidades da cidade, entre elas a Gazeta das Caldas. Por ano são feitas cerca de seis exposições. “Este é sobretudo um espaço de memórias”, disse o responsável.
Barata Feyo reabre em breve
No Centro de Artes registou-se o maior incremento no número de visitantes (de 9.000 mil para 15.000 entre 2017 e 2018). Segundo José Antunes, esse crescimento deve-se ao aumento das actividades que se realizaram nos vários espaços do Centro de Artes. Houve também mais grupos, tendo os participantes organizados aumentado de 2412 em 2017 para 7348 no ano passado.
Quanto aos estrangeiros, estes aumentaram de 842 para 1167 enquanto que o público nacional passou de 5975 para 7348.
Para o director, este aumento acompanha o incremento do turismo que se constata no país e nas Caldas da Rainha. Segundo o mesmo responsável, são feitas 15 exposições por ano nos vários espaços museológicos.
Este ano será requalificada a Casa Amarela que passará a ser o edifício entrada deste espaço dedicado às artes. José Antunes garante que irá continuar a trabalhar com curadores independentes não só das artes plásticas como também ligados à música.
No entanto o Atelier-Museu João Fragoso continua encerrado para obras de requalificação. Já o Barata Feyo vai reabrir portas em breve. O espaço sofreu obras de requalificação, após estragos causados pela tempestade Leslie em Outubro passado.
Segundo José Antunes, a larga maioria dos visitantes do Centro de Artes não escolhe percorrer aqueles museus em visitas organizadas. “Vêm individualmente ou em família”, explicou.
Também a abertura do Museu Leopoldo de Almeida, em Maio de 2017, fez atrair mais visitantes ao espaço. Não só “pela qualidade da coleccção do escultor como pelo próprio espaço arquitectónico”, rematou José Antunes.
O Museu Dr. Joaquim Manso, na Nazaré (que também é tutelado para a DRCC e tem como director Carlos Coutinho), está a viver um ano de mudança devido à requalificação do imóvel. Durante o tempo das obras, o espólio irá passar para edifício da câmara. Em 2017 o museu recebeu 40.100 visitantes, número que desceu no ano passado para perto de 12.000 pessoas.
“O número de visitantes tem descido pois também diminuiu o número de actividades”, disse Carlos Coutinho, explicando que este museu, em 2018, passou a encerrar as portas ao fim de semana e aos feriados. N.N.