A caldense, que se divide entre a música e a arquitectura paisagista, gravou uma canção para o programa de rádio “Femina”, onde se destacam as mulheres artistas.
“Femina”, assim se designa o novo single da cantora Nádia Schilling. O convite para fazer este tema veio da radialista Vanessa Augusto, da Antena 3, que teve a ideia para um novo podcast chamado, precisamente, “Femina”. A caldense contou à Gazeta que o novo programa é dedicado a mulheres artistas e explica “como o percurso pessoal de cada uma se reflecte no seu trabalho artístico”.
A radialista já conhecia e gostava do seu trabalho e achou que Nádia Schilling era a cantora ideal para desenvolver a identidade musical do “Femina”.
“Foi um grande desafio, pois ela pediu-me uma música instrumental para rádio e uma sonoridade marcada pela nostalgia, a melancolia, a força e a elegância”, revelou a artista, acrescentando que, mesmo antes de começar a compor “não sabia muito bem como chegar a essa ideia do que deveria ser esta música sem recorrer às palavras”.
No entanto, lá foi trabalhando e o tema foi surgindo naturalmente e crescendo. “Quando o instrumental ganhou forma, mostrei-a e a Vanessa Augusto gostou muito”, disse Nádia Schilling.
O novo tema foi gravado com os músicos Pedro Branco e Adriano Cintra.
Depois do álbum de estreia, “Above The Trees”, a cantora está a preparar um novo álbum. “Neste momento estou na fase de pré-produção a trabalhar as músicas que compus, com a minha banda”, disse a caldense, garantindo que o novo disco terá uma sonoridade diferente do disco de estreia.
“Vamos tentar captar o lado mais eléctrico que existiu nos concertos que demos ao vivo”, acrescentou.
MÚSICA & ARQUITECTURA
Na gravação dos novos temas, a artista vai contar com a presença de João Hasselberg (baixo), Pedro Branco (guitarra) e Bruno Pedroso (bateria). A imagem será da autoria de João Pombeiro.
O disco terá como produtor Adriano Cintra, músico e compositor que a caldense admira e que faz parte dos grupos Cansei de Ser Sexy, Madrid, Three Butcher’s Orchestra e Caxabaxa.
O disco tem o apoio da Fundação GDA (Gestão dos Direitos de Autor), o que, segundo a artista, lhe permite fazer as coisas com alguma calma.
“Não marquei ainda as datas de gravação, mas é algo que está para breve”, assegurou.
“FEMINA” EM NOVA VERSÃO
Regressando a “Femina”, a autora diz que este poderá integrar o próximo disco, mas numa versão diferente, “possivelmente com letra”, rematou a artista, que é também arquitecta paisagista e continua a trabalhar em vários projectos. A cantora, que estudou em Évora e na Suécia, vive e trabalha nas Caldas. Um dos seus trabalhos mais emblemáticos, que lhe tem trazido mais reconhecimento a nível nacional e internacional, são os passadiços que ficam nas proximidades da praia da Foz do Arelho e que permitem vista privilegiada sobre o Atlântico.