Nova mostra sobre cinema local no Museu do Ciclismo

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Mário Lino guiou os presentes pela mostra onde há novas máquinas de projeção

Proprietário do espólio do museu quer protocolo de cedência com autarquia. Edil quer coleções nas Caldas

Abriu ao público, a 29 de abril, a exposição “(Re)Visitar as desaparecidas salas de cinema das Caldas” no Museu do Ciclismo, composta pelos mais diversos materiais gráficos e máquinas de projetar que permitem ao visitante viajar no tempo e imaginar como seriam as sessões cinematográficas em locais já desaparecidos como o Salão Ibéria, o Teatro Pinheiro Chagas ou ainda o animatógrafo High Life, situado nas proximidades do Parque D. Carlos.
Não faltam panfletos, cartazes, sinopses dos filmes, bilhetes, fotografias antigas e até plantas dos espaços que hoje vivem apenas na memórias de várias gerações de caldenses que não dispensavam idas ao cinema. Segundo Mário Lino é logo a partir de 1905 que há sessões cinematográficas na cidade termal.
As coleções, patentes no Museu do Ciclismo pertencem a Mário Lino e também ao seu filho. “Teremos que fazer um protocolo de cedência à Câmara para que um dia mais tarde esteja assegurada a presença das coleções nas Caldas”, referiu o colecionador que tem várias áreas de interesse e milhares de peças de cinema, teatro e de ciclismo naquele espaço museológico.“Não estou interessado em vender ou em ceder a minha coleção à Cinemateca. Gostava que esta pudesse ficar nas Caldas”, disse o responsável do museu, que é colecionador desde os 11 anos.
Mário Lino pediu também a realização de uma intervenção no espaço que permita aumentar a área dedicada às exposições temporárias.
O edil caldense, Vitor Marques destacou o trabalho meritório de Mário Lino na partilha das suas coleções e afirmou que “gostávamos que esta coleção pudesse estar aqui, que pudesse ser itinerante mas que coabitasse no nosso espaço”. Referiu ainda que o filho de Mário Lino também terá uma palavra a dizer se está também interessado em “poder partilhar connosco esta sua herança”.
A abertura da mostra contou com as intervenções de António Marques e de Mário Tavares e com a presença de amigos de Mário Lino, alguns que até atravessaram a fronteira para estar presente na iniciativa deste colecionador que partilha com a cidade o que vai desvendando sobre como era a vida caldense de outros tempos. ■