Novo espaço Juno dedica-se às artes e às tatuagens

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As três tatuadoras - Mónica, Larissa e C’Marie - com os colaboradores que integram a equipa deste novo atelier

Há um novo espaço no Bairro Azul que se dedica às tatuagens e às exposições artísticas

Abriu a 15 de dezembro, no Bairro Azul, o estúdio Juno que se dedica às tatuagens, às artes e que é também uma concept store. São três as tatuadoras: Mónica Carrilho (PacaTattoo), Larissa Amaral (Noz.Tattoo) e Constança Bettencourt (C’ Marie).
O espaço designa-se Juno, em honra da deusa romana que é a rainha dos deuses e que tem como símbolo um pavão, conforme se pode apreciar na grande pintura mural de C’Marie e que decora uma das paredes do estúdio. “Pareceu-nos adequado homenagear esta deusa, numa cidade fundada por uma rainha e onde vivem pavões”, disseram as autoras à Gazeta.
O estúdio situa-se no espaço que antes acolheu o projeto Vicara e tem despertado a atenção dos moradores. O estúdio Juno inaugurou com uma mostra coletiva com obras de mais de dez artistas locais. “Vamos querer continuar a convidar autores para expor, vender os seus trabalhos e para tatuar”. E estão prontas para receber artistas de outras cidades e de outros países.
“Há uma caldense que tatua na Finlândia e que vai estar duas semanas connosco”, contaram, referindo que este tipo de iniciativa, designada Guests, permite aos tatuadores internacionalizar o seu trabalho. Este já é o terceiro estúdio que possuem nas Caldas. O primeiro situava-se nos Silos, o segundo no Caldas Shopping e o terceiro, no Bairro Azul. Vão também apostar na realização do Walking, que permite que uma pessoa possa fazer uma tatuagem no momento. “Como somos três conseguimos fazê-lo”, referiram as autoras que tatuam sob agendamento prévio. Cada uma destas autoras tem o seu tipo de trabalho e os seus clientes têm as mais diversas idades. Mónica Carrilho veio para as Caldas em 2019 para estudar na ESAD.CR onde fez o mestrado em Design de Saúde. Já era tatuadora e já tinha os cursos de fisioterapia e de design gráfico. Larissa Amaral vive nas Caldas há três anos e é também arquiteta. “Estamos a viver um boom da tatuagem que já aconteceu no Brasil”, disse a autora, que é natural de Curitiba, assim como Mónica. A maior parte dos seus clientes têm entre 30 e 70 anos e muitos dizem “que não querem morrer sem experimentar fazer uma tatuagem”, contou. C’Marie veio para as Caldas há nove anos fazer o mestrado em Artes na ESAD.CR e o seu trabalho artístico usa vários meios como a pintura mural. Os preços começam nos 50 euros e podem chegar aos mil.
O novo espaço funciona de segunda a sexta-feira, entre as 14h00 e as 18h00. ■