Os Hands On Approach estão de volta e passaram pelas Caldas pela primeira vez

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Maria Beatriz Raposo mbraposo@gazetadascaldas.pt “O regresso tem sido fantástico”, diz Rui David dos Hands On Approach. As saudades dos concertos, as saudades de andar na estrada e de tocar músicas novas. Tudo isto são sentimentos partilhados pelo vocalista e também por Sérgio Mendes, guitarrista da banda, que realça ainda como tem sido surpreendente o reencontro de muitos fãs. “Ainda há pouco tempo encontrámos um casal que nos disse que se tinha conhecido num concerto nosso em 1999, e outro dia descobrimos que alguém tinha começado a tocar guitarra com a música ‘My Wonder Moon’. Tudo isso são histórias que nos marcam porque quando compomos as músicas não fazemos ideia do impacto que possam ter”, conta o músico. Não há ao certo nenhuma explicação para a paragem da banda ter durado sete anos. “A verdade é que os primeiros discos foram sempre gravados sobre muita pressão das editoras e nós queríamos mudar um pouco isso. Precisávamos de nos encontrar ao nível de composição”, explica Rui David, salientando que a banda não deixou de se encontrar para ensaiar e continuou ao longo dos anos a fazer música. “Hearts”, o quinto álbum, é a prova disso mesmo. “As músicas deste CD foram aquelas que sobreviveram nestes sete anos em que trabalhámos sem compromisso. Houve umas que entretanto abandonámos porque não gostávamos, mas estas 10 que compõem o álbum estavam prontas para ser sair do estúdio”, conta o vocalista, que escreveu para este último trabalho uma música pessoal, dedicada à sua filha: “My Butterfly”. “All That Was Taken”, “Little Hapiness”, “From The Bright Light” e “Be True” foram alguns dos temas do novo disco que os Hands On Approach trouxeram às Caldas da Rainha. O último – “Be True” – foi o primeiro single lançado em 2017, cujo videoclip contou com a participação de personalidades como Nuno Markl, Diogo Valsassina, Débora Monteiro e Ângelo Rodrigues, que se juntaram ao vídeo a favor dos animais. Isto porque todas as vendas online deste tema revertem a favor de duas associações protectoras dos animais: a União Zoófila e a Associação Sobreviver. Além das novas canções, a banda setubalense não se esqueceu de presentear o público com os êxitos que marcaram os seus 20 anos de carreira. “Days Of Our Own”, “A Change”, “Let’s Be In Love”, “My Wonder Moon”, “If You Give Up” e “Tão Perto e Tão Longe” foram as músicas retiradas do baú que puseram a plateia a cantar e a reviver memórias associadas àquelas músicas. Curioso lembrar que o início dos Hands On Approach se deu por acaso. Estava Rui David numa praia em Faro a cantar com os amigos, quando um locutor da Antena 3 (que na altura fazia um programa sobre novos talentos) gostou do que ouviu e convidou-o para ir tocar à rádio. A banda foi formada com esse propósito e o nome escolhido – retirado de uma revista feminina pois refere-se à designação de um penteado – também nunca teve nenhum significado especial, apenas soava bem ao ouvido. “O início foi um acaso, mas foi mesmo só o início, porque o resto conseguimos com muito trabalho”, afirma Rui David, realçando que “se por acaso nunca tivéssemos sido conhecidos, tinha sido fixe à mesma”. O grupo de pop-rock português atingiu o “boom” da fama quando viu dois dos seus temas entrarem na série Morangos Com Açúcar, que marcou toda uma geração nos início dos anos 2000. Ao longo destes 20 anos gravou cinco álbuns e o seu desejo é que 2018 seja o ano em que regressam “com força” aos palcos. | Beatriz Raposo
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Foram sete anos de paragem. Mas não de paragem absoluta porque eles continuaram a compor em estúdio. E agora estão de volta. Os Hands On Approach regressaram aos palcos com um álbum novo – “Hearts” – que é também o quinto da sua discografia.
A passagem pelas Caldas da Rainha aconteceu no dia 27 de Janeiro com um concerto no CCC, que ficou não só marcado pelas músicas novas, mas também pelos temas que após 20 anos continuam a emocionar o público. Um espectáculo onde só faltou mesmo mais gente para encher o grande auditório, que ficou com muitos lugares vazios.

 


“O regresso tem sido fantástico”, diz Rui David dos Hands On Approach. As saudades dos concertos, as saudades de andar na estrada e de tocar músicas novas. Tudo isto são sentimentos partilhados pelo vocalista e também por Sérgio Mendes, guitarrista da banda, que realça ainda como tem sido surpreendente o reencontro de muitos fãs. “Ainda há pouco tempo encontrámos um casal que nos disse que se tinha conhecido num concerto nosso em 1999, e outro dia descobrimos que alguém tinha começado a tocar guitarra com a música ‘My Wonder Moon’. Tudo isso são histórias que nos marcam porque quando compomos as músicas não fazemos ideia do impacto que possam ter”, conta o músico.
Não há ao certo nenhuma explicação para a paragem da banda ter durado sete anos. “A verdade é que os primeiros discos foram sempre gravados sobre muita pressão das editoras e nós queríamos mudar um pouco isso. Precisávamos de nos encontrar ao nível de composição”, explica Rui David, salientando que a banda não deixou de se encontrar para ensaiar e continuou ao longo dos anos a fazer música. “Hearts”, o quinto álbum, é a prova disso mesmo.
“As músicas deste CD foram aquelas que sobreviveram nestes sete anos em que trabalhámos sem compromisso. Houve umas que entretanto abandonámos porque não gostávamos, mas estas 10 que compõem o álbum estavam prontas para ser sair do estúdio”, conta o vocalista, que escreveu para este último trabalho uma música pessoal, dedicada à sua filha: “My Butterfly”.
“All That Was Taken”, “Little Hapiness”, “From The Bright Light” e “Be True” foram alguns dos temas do novo disco que os Hands On Approach trouxeram às Caldas da Rainha. O último – “Be True” – foi o primeiro single lançado em 2017, cujo videoclip contou com a participação de personalidades como Nuno Markl, Diogo Valsassina, Débora Monteiro e Ângelo Rodrigues, que se juntaram ao vídeo a favor dos animais. Isto porque todas as vendas online deste tema revertem a favor de duas associações protectoras dos animais: a União Zoófila e a Associação Sobreviver.
Além das novas canções, a banda setubalense não se esqueceu de presentear o público com os êxitos que marcaram os seus 20 anos de carreira. “Days Of Our Own”, “A Change”, “Let’s Be In Love”, “My Wonder Moon”, “If You Give Up” e “Tão Perto e Tão Longe” foram as músicas retiradas do baú que puseram a plateia a cantar e a reviver memórias associadas àquelas músicas.
Curioso lembrar que o início dos Hands On Approach se deu por acaso. Estava Rui David numa praia em Faro a cantar com os amigos, quando um locutor da Antena 3 (que na altura fazia um programa sobre novos talentos) gostou do que ouviu e convidou-o para ir tocar à rádio. A banda foi formada com esse propósito e o nome escolhido – retirado de uma revista feminina pois refere-se à designação de um penteado – também nunca teve nenhum significado especial, apenas soava bem ao ouvido. “O início foi um acaso, mas foi mesmo só o início, porque o resto conseguimos com muito trabalho”, afirma Rui David, realçando que “se por acaso nunca tivéssemos sido conhecidos, tinha sido fixe à mesma”.
O grupo de pop-rock português atingiu o “boom” da fama quando viu dois dos seus temas entrarem na série Morangos Com Açúcar, que marcou toda uma geração nos início dos anos 2000. Ao longo destes 20 anos gravou cinco álbuns e o seu desejo é que 2018 seja o ano em que regressam “com força” aos palcos.

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