Voltas e reviravoltas da cidadania apresentado aos mais novos

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A assessora Parlamentar Maria Teresa Paulo, a vereadora Conceição Henriques e o ilustrador caldense, Mantraste

Escrito por Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada e ilustrado por Mantraste, livro integra a coleção infantojuvenil “Missão: Democracia” que assinala os 50 anos do 25 de Abril

Um dia Francisco foi andar de skate para a praça, apareceu o amigo Gustavo e, numa das manobras, partiu o banco do jardim. O que fazer? Este o ponto de partida do livro “Voltas e reviravoltas – A Cidadania”, escrito por Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, e ilustrado por Mantraste, o segundo da coleção Missão: Democracia, que integra 12 volumes. No passada sábado, 9 de março, foi apresentado na Biblioteca Municipal das Caldas, pelos caldenses Maria Teresa Paulo (assessora parlamentar) e Mantraste, que no final da apresentação dinamizou uma oficina criativa com as crianças.
Perante um público bastante atento e participativo, Maria Teresa Paulo explicou que a coleção pretende assinalar os 50 anos do 25 de Abril passando uma mensagem sobre a sua importância aos mais novos. Foram convidados autores de literatura infantil e ilustradores para criar os livros a República, Cidadania, Democracia, Lei, Palácio de S. Bento, Constituição, Ditadura, 25 de Abril, Eleições, Justiça, Liberdade e a União Europeia. No caso desta obra, assinada por Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, quiseram ir buscar um autor de uma geração mais nova, para contrastar ao nível da ilustração, “com a sua explosão de cor, traço muito vivo e contemporâneo para equilibrar as duas leituras do tema”, explicou Maria Teresa Paulo. O convite apanhou Mantraste de surpresa, mas logo que percebeu do que se tratava acedeu de imediato. Na biblioteca, o autor residente no Nadadouro, explicou onde foi buscar inspiração e como criou os desenhos para o livro. E não faltam “segredos” nas suas ilustrações, como a alusão ao Nadadouro escrita no banco do jardim ou ele próprio representado entre os jovens que brincavam na praça.
Pegando nas palavras de Mantraste, que disse ter estado um mês a pensar no que fazer e depois demorou duas semanas a executar, a vereadora Conceição Henriques falou das múltiplas atividades que atualmente as crianças têm e que lhes tira tempo para o lazer, para não fazerem nada e “consolidarem o seu ser”. “Está-se sempre a construir identidade, o dia não tem de estar todo preenchido com atividades organizadas”, salientou a autarca, que também partilhou com os mais novos o funcionamento das juntas de freguesia (abordado no livro) e da autarquia, que governam os territórios.
“A cidadania é o que faz com que cada um de vocês tenha o lugar garantido nestas tomadas de decisão”, salientou, dirigindo-se aos meninos presentes.
O projeto editorial contou com a participação de consultoria do parlamento e cada livro inclui páginas finais com informação que complementa o tema abordado pelos autores, seja com uma cronologia, um glossário ou uma proposta de jogo. No caso da Cidadania trata-se de um glossário, “numa tentativa de desconstruir palavras que sejam mais difíceis e, também, possam ajudar os pais e educadores”, referiu Maria Teresa Paulo. Para o próximo mês de abril está prevista a publicação dos livros sobre a ditadura e o 25 de Abril. ■