Caldenses estiveram até à penúltima prova no primeiro lugar, mas terminaram em quarto
A equipa feminina do Arneirense foi quarta classificada no campeonato nacional da 3ª Divisão, que decorreu no passado fim-de-semana em Viana do Castelo. Numa prova que junta os escalões desde os Sub-18 aos masters, a equipa caldense, só com atletas Sub-18, chegou ao final do primeiro dia no segundo lugar. No segundo dia, chegou a liderar, posição que detinha com apenas duas provas por disputar, acabando por descer, depois ao quarto posto final.
Nos resultados, de destacar as vitórias de Beatriz Castelhano nos 100 e 200 metros, de Marta Carriço no salto em comprimento e da estafeta de 4×100 metros. Também os segundos lugares de Inês Belbute nos 800 metros, Sofia Quintino no triplo salto e de Leonor Belchior no lançamento do disco, e os terceiros lugares de Leonor Belchior no lançamento do martelo, Marta Carriço no salto em altura e Sofia Quintino nos 100 metros barreiras.
Nesta prova coletiva, todos os resultados contam e é de salientar o esforço das atletas, algumas que participaram em diversas provas. Além daquelas atletas, integraram a equipa Carolina Correia, Beatriz Gonçalves, Magda Vieira, Maria Inês Silva e Maria Vicente.
No final de todas as provas, o Arneirense somou 95 pontos, ficando a apenas dois do terceiro lugar do Clube Desportivo Areias de São João.
Sofia Quintino, capitã da equipa caldense, disse que a prestação “superou em todos os aspetos as nossas expectativas. Temos poucas atletas, somos todas muito jovens e, mesmo assim, conseguimos resultados muitos bons a nível nacional”. Após dois dias de competição e uma longa viagem de regresso a casa, o Arneirense preparou uma receção às atletas, com os pais e dirigentes do clube, que surpreendeu as atletas. “Foi uma boa surpresa, estamos felizes porque a direção, os nossos pais e os treinadores nos acompanham sempre”, acrescentou.

Anabela Patacho, presidente do Arneirense, não escondeu a satisfação pela prestação das jovens atletas e aproveitou para deixar um recado: “Este é um desporto tão abandonado nas Caldas e ver o que elas fazem na pista para provar que está vivo, é um grande orgulho”, afirmou, aludindo aos atrasos das obras da pista do Complexo Desportivo Municipal.
João Gonçalves, encarregado de educação de uma das atletas, salientou o esforço que estas fazem por estarem a treinar “com a casa às costas”, em Óbidos, reclamando mais apoios para uma modalidade que é, acima de tudo, “de formação”.
Para Carlos Matos, coordenador técnico do Arneirense, este resultado é o coroar não só de uma época difícil, pelos condicionalismos nos treinos, mas de todo um percurso “que, para algumas delas, chega ao fim”. O técnico diz que o clube vai “lutar para voltar a construir a nossa equipa e fazer os possíveis para, na próxima época, estar novamente na fase final de clubes”, concluiu. ■