A Assembleia-geral do Caldas aprovou as contas do exercício de 2018/19 com um resultado líquido negativo superior a 84 mil euros. Este exercício ainda foi influenciado por despesas alusivas
à campanha do clube na Taça de Portugal de 2017/18, cujo balanço permitiu um resultado positivo de cerca 134 mil euros
Os sócios do Caldas SC aprovaram por unanimidade as contas do exercício 2018/19, depois de uma incongruência entre o documento apresentado na última AG, no passado mês de Fevereiro, e o que estava na posse do Conselho Fiscal.
Esses documentos tinham uma diferença próxima dos 56 mil euros na rubrica fornecimentos e serviços externos, que se reflectia num montante idêntico no resultado líquido.
Essa AG foi interrompida para que se apurasse qual dos dois documentos estava correcto, vindo a verificar-se que era o do Conselho Fiscal.
A diferença entre os documentos estava na rubrica “Colaboradores – Futebol Categoria B”, que tinha no documento inicial 22.520 euros e foi corrigido para 78.563,13 euros.
Assim, o resultado líquido do exercício fiscal referente à temporada 2018/19 reflecte um resultado líquido negativo de 84.146,62 euros, depois de no exercício anterior o clube ter apurado um lucro de 218.210,36 euros.
Ambos os exercícios fiscais estão influenciados pela campanha da equipa principal até às meias-finais da Taça de Portugal de 2017/18, uma vez que as receitas foram averbadas ao exercício fiscal dessa temporada, mas parte das despesas só entraram no que estava agora para aprovação. Jorge Reis, presidente da direcção do clube, explicou que isso se deve em exclusivo a questões contabilísticas.
No entanto, olhando para a demonstração de resultados dos dois exercícios, o clube apresenta um saldo positivo de 134 mil euros, o que será também próximo daquilo que o clube lucrou com essa caminhada histórica na competição rainha do futebol português.
QUOTIZAÇÃO GANHA PREPONDERÂNCIA
No exercício em análise, o clube gerou receitas de 453.011,11 euros e teve gastos de 523.197,49, com um balanço antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos de -70.186,38 euros.
Na receita, há a destacar o crescimento da influência das verbas provenientes da quotização dos sócios, que se aproxima dos 100 mil euros, correspondendo a 21,6% da receita total do clube. No exercício a verba da quotização atingiu os 80,9 mil euros, o que significa que houve um incremento de 21,3%. Esta rubrica só é superada pelos donativos, que ascendem a 105 mil euros. O subsídio via contrato programa com a Câmara das Caldas passou a ser a terceira principal fonte de receita. Já a publicidade, que chegou a ser uma das principais fontes de receita do clube, representa menos de 10% do total, ao cair para os 32 mil euros, menos 10 mil que no exercício anterior e uma verba muito próxima da que o clube angaria com a participação nas tasquinhas, o que ascendeu a 25 mil euros.
No capítulo da receita há ainda a destacar uma nova fonte de rendimento, proveniente das apostas desportivas, que rendeu ao clube um pouco mais de 18 mil euros, enquanto o Totobola rendeu 500 euros.
Na despesa, os fornecimentos e serviços externos, ligados directamente à actividade futebol, totalizaram 440 mil euros. Destes, a rubrica serviços especializados, que incluiu remunerações de jogadores e equipas técnicas, despesas com a organização de jogos, entre outras, tem um peso de 43%. O clube gastou ainda 113 mil euros em deslocações, estadas e transportes, 65,9 mil euros em materiais, 46,5 mil euros em serviços diversos 23 mil euros em energia e fluidos.
Na AG, foi também aprovado o orçamento da época que findou.