Caldas vence jogo louco com o Sernache

0
864

2016-05-06 Primeira.inddCAMPO DA MATA, CALDAS DA RAINHA ÁRBITRO: SÉRGIO SOARES, ASSISTENTES: LUDOVICO FRANCO E JORGE AGUIAR, AF PORTO

CALDAS  3

JOÃO GUERRA [3] (LUÍS PAULO [4] 45’); JUVENAL [2] (NUNO JANUÁRIO [2] 55’), MILITÃO [2], RUI ALMEIDA [2] (C) E DANNY RAFAEL [2]; ANDRÉ SANTOS [3], TIAGO ESGAIO [3] E ANDRÉ SIMÕES [3]; FARINHA [4], JOÃO RODRIGUES [4] E RICKY [2] (SABINO [3] 45 ‘) SUPLENTES: ANDRÉ CRUZ, CLEMENTE, MARCELO SANTOS, TELMO TREINADOR: RICARDO MOURA

SERNACHE 2

FERNANDO; PEDRO RODRIGUES, JOÃO VREA, VLADIMIR E RAOUF (TIAGO 70’); YAN TAVARES, SAMUEL ALVES E MALAN (DJALMA 81’); BANANA, TIAGO CLEMENTE (TONY 90’+2) E DANNY ESTEVES SUPLENTES: YURI, TONI, HIGIDIO, JUNIOR, DJALMA, TIAGO TREINADOR: ANTÓNIO JOAQUIM AO INTERVALO: 1-2 MARADORES: ANDRÉ SIMÕES (18’), DANNY ESTEVES (23’), BANANA (34’), JOÃO RODRIGUES (66’ E 90’+1) DISCIPLINA: AMARELO A MALAN (40’), MILITÃO (81’) E JOÃO VREA (90’) VERMELHO DIRECTO A DANNY RAFAEL (78’)

Joel Ribeiro
Num jogo que foi um carrocel no que ao resultado diz respeito, o Caldas saiu vencedor com um golo de João Rodrigues ao cair do pano. Foi um jogo louco, com duas reviravoltas e um vencedor decidido nos descontos com o Caldas reduzido a 10. O Sernache foi das equipas que mais pontos ‘roubou’ ao Caldas esta época. O pelicano ainda não tinha conseguido vencer, depois de uma derrota no Campo da Mata e dois empates fora.  Uma tendência que o Caldas quis inverter desde o início. Até ao minuto 18 quase só deu Caldas. Os pelicanos jogavam bem, eram rápidos a ganhar a bola e a circulá-la até à frente. João Rodrigues e Ricky já tinham ameaçado e foi um remate do extremo nazareno que permitiu o golo a André Simões, depois de Fernando ter defendido o remate sem que a bola saísse da grande área. Mas se tudo até ali indicava uma vitória talvez até fácil para o Caldas, rapidamente tudo mudou. O Caldas perdeu rigor e concentração na disputa da bola e dos espaços na mesma medida em que o Sernache os ganhou. Três minutos depois, Danny Esteves empatava. O extremo marcou com um remate de primeira em vólei, completamente solto, depois de Banana ter rompido facilmente pela defensiva do Caldas. Banana que foi um verdadeiro tormento para defesa caldense. Voltou a escapar ao minuto 34, no lance da reviravolta. E voltou a fazê-lo três minutos depois, num lance idêntico mas no qual João Guerra chegou primeiro. Na segunda parte a toada mantinha-se. Os avançados do Sernache iam passando pela defesa do Caldas como se deslizassem… em casca de banana. Luís Paulo, que ao intervalo substituiu o lesionado João Guerra, teve que puxar dos galões para manter a diferença no mínimo, e mais tarde o empate. Mas na melhor fase do Sernache foi o Caldas que marcou: centro perfeito de Farinha para a cabeça de João Rodrigues. O Caldas passou a ‘abusar’ dos cruzamentos e o jogo ficou incerto. Nem a expulsão de Danny Rafael, por razões que não foram perceptíveis, impediu o Caldas de chegar à vitória. Remate potente de André Simões num livre frontal, a defesa de recurso de Fernando deixou a bola à mercê de João Rodrigues que só teve que encostar.

2016-05-06 Primeira.inddMELHOR DO CALDAS

João Rodrigues 4

Marcou os dois golos da reviravolta, ambos ‘à ponta de lança’, num bom golpe de cabeça e muito perspicaz no segundo. Para lá dos golos, fez um bom trabalho na frente, procurando dar solução aos companheiros.

 

2016-05-06 Primeira.inddLuís Farinha, jogador do Caldas

Carácter para dar a volta

Sabíamos que o jogo ia ser complicado porque estas equipas precisam de pontos, mas nós queremos ganhar os últimos jogos. Entrámos bem, conseguimos marcar, mas depois com um erro ou outro eles conseguiram dar a volta. Foi preciso um grande carácter para dar a volta com menos um jogador e estamos de parabéns por isso. Tivemos duas lesões, espero que seja rápida a recuperação. Em termos pessoais tem sido uma boa segunda fase. Na primeira não joguei muito, estou muito contente por o mister me ter dado esta oportunidade e espero vir a dar mais alegrias.

 

Ricardo Moura, treinador do Caldas
Justo pela entrega
Começámos muito bem e acreditámos que podíamos tornar o jogo fácil, estivemos muito bem até ao golo. Depois, incompreensivelmente, quando o Sernache empatou a equipa destabilizou-se emocionalmente e tivemos um período em que não estivemos muito bem. Na segunda parte também não entrámos muito bem, mas a partir do quarto de hora assentámos o jogo, apesar do azar que tivemos com as lesões e a expulsão do Danny, conseguimos discutir o jogo até ao fim e ganhar, se calhar com felicidade, mas pela entrega foi justo.
António Joaquim, treinador do Sernache
Jogadores são os culpados
Podíamos levar daqui os três pontos, sofremos três golos que não lembra a ninguém para uma equipa que se quer manter no Campeonato de Portugal. Depois tivemos duas a três vezes jogadores isolados que não conseguimos marcar e acabamos, com um jogador a mais, por sofrer um golo de uma bola parada. Os jogadores sãos os únicos responsáveis por isto.