Festa em grande na passagem do Caldas aos oitavos

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Gazeta das Caldas
O muito público na Mata foi incansável no apoio à equipa

Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: João Malheiro, AF Lisboa
Assistentes: André Dias e Carlos Covão
CALDAS 1*
Luís Paulo [5]; Marcelo [4] (Juvenal [2] 84’), Militão [5], Rui Almeida (C) [4] e Clemente [4]; Paulo Inácio [4], André Santos [4 (Cruz [2] 84’) e Simões [4]; Felipe Ryan [4], João Tarzan [4] e Januário [3] (Farinha [4] 65’)
Não utilizados: Natalino, Rony, Cascão, Araújo
Treinador: José Vala

AROUCA 1
Bracali (C); João Amorim, Hugo Basto, Deyvison e Vítor Costa; Bruno Alves, Ericson (Areias 61’) e Palocevic (André Santos 91’); Bukia (Bertaccini 72’), Roberto e Barnes Osei
Não utilizados: Igor Rocha, Nuno Valente, Nuno Coelho e Vargas.
Treinador: Miguel Leal
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: João Tarzan (29’) e Rui Areias (76’)

 

*G.P’s (3-1): 1-0 João Tarzan; André Santos (defendido); 2-0 Felipe Ryan; 2-1 Areias; 3-1 Clemente; Bertaccini (à barra); Cruz (defendido); Vítor Costa (por cima)

Disciplina: amarelo a Rui Almeida (20’), Ericson (26’), Barnes (59’), André Santos (59’), Clemente (88’), Luís Paulo (90’+1), Juvenal (102’), André Santos (104’), Roberto (119’)

Domingo foi dia de grande festa no Campo da Mata. O adversário não era de primeira liga, embora tenha essa ambição, mas nas bancadas estiveram mais adeptos do que quando o Estoril visitou pela segunda vez as Caldas, na época passada. Um público entusiasta que levou em palminhas os jogadores do Caldas a uma exibição de gala e a uma vitória que já era justa no final dos 90 minutos, ou dos 120, mas que ganhou outros contornos de emotividade no desempate da marca de grande penalidade. Ainda não é, afinal, a melhor participação de sempre do Caldas na Taça, mas foi feita história na mesma (ver texto à parte).
Se é verdade que o público puxou pelos jogadores, não é menos verdade que os jogadores também puxaram pelo público. O Arouca talvez tenha pensado que o jogo eram favas contadas (a arrogância de Miguel Leal no final da partida demonstra-o) e quando ao minuto 9 Luís Paulo foi obrigado à primeira intervenção no jogo, a responder a um cabeceamento de Roberto, essa confiança terá aumentado.
Mas do outro lado estava um Caldas personalizado e muito bem estruturado para o encontro. Um meio-campo a três com os Andrés (Santos e Simões) a revezarem-se no movimento de pistão ora subindo, ora baixando a linha de pressão. O Arouca não conseguia organizar-se, o Caldas foi crescendo e chegou ao golo. Lance pela direita, Felipe Ryan no centro e o suspeito do costume (João Tarzan) a finalizar à entrada da pequena área e a provocar a primeira explosão de alegria nas bancadas.
O entusiasmo subiu de tom com mais dois lances de excelência que podiam muito bem ter resultado em golo, mas a pontaria de João Tarzan não foi a mesma do lance anterior, tanto no remate após um slalom entre os defesas arouquenses, nem na assistência para Ryan, minutos depois.
O Arouca só a terminar teve um lance com algum perigo. Barnes Osei falhou a bola depois de um passe de Roberto e provocou uma risada, mas depois João Malheiro assinalou penálti, por suposto contacto de Rui Almeida com Roberto. O mesmo foi para a marcação, mas uma enorme estirada de Luís Paulo sacudiu e o público festejou como se um golo se tratasse.
Veio a segunda parte e a reacção do Arouca. O Caldas recuou e compactou as linhas, mas mesmo assim Palocevic provocou um calafrio ao minuto 55, valeu a intervenção de Clemente.
Depois, as substituições. Com a entrada de Areias o Arouca ficou com dois avançados e Bertaccini trouxe outra velocidade à ala esquerda. Quatro minutos depois o jogo estava empatado, com Areias a colocar no único sítio onde a bola podia entrar sem que Luís Paulo lhe chegasse.