Frederico Casimiro: “Fizemos o que nos competia, ganhar às equipas que ficaram abaixo de nós”

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Frederico Casimiro comanda a equipa do Sp. Caldas pela terceira temporada | DR

O Sp. Caldas inicia no sábado, com uma receção ao Sp. Espinho, a segunda fase do campeonato, no grupo dos primeiros classificados. São oito equipas num sistema de todos contra todos que vai definir os play-offs da Divisão Elite (4 primeiros) e Taça FPV (do 5º ao 8º).

O primeiro objetivo da época foi conseguido com êxito.
O primeiro e também o grande objetivo, que era a manutenção. Foi importante por várias razões. Primeiro porque foi uma fase mais curta que as anteriores. Depois pela covid-19, que obrigou ao adiamento de muitos jogos e a algum confinamento também, por acaso não foi nosso caso. E havia risco por haver mais equipas a descer, serão três ou quatro, pelo que era mais perigoso irmos à fase de manutenção. Correu bem. Fizemos o que nos competia, ganhar a todas as equipas que ficaram abaixo de nós, e, com isso, garantimos a manutenção.

Quais serão, agora, os objetivos?
Vamos para uma série dos primeiros contra equipas que não é impossível de ganhar, mas serão todos eles jogos difíceis. Não podemos esquecer, se estivermos numa fase menos boa, que o nosso grande objetivo está cumprido. Mas no desporto vive-se o momento e o êxito é efémero. Um 6º lugar nesta fase seria ótimo e penso que está ao nosso alcance. Seria um bom prémio para o que está a ser uma boa época, com algumas dificuldades iniciais, fruto de termos muitas caras novas e de não estarmos com um trabalho de continuidade.

É uma equipa jovem, não ter pressão poderá ser um fator positivo?
Sim, e para mim também, para tomar decisões que por vezes não tomo pelo risco que possam correr menos bem. Não ter pressão pode ser positivo para a nossa equipa, esperemos que assim seja.

A equipa também vai estar mais entrosada, pode tirar mais rendimento?
Sim, a equipa tem agora outras rotinas. Os distribuidores, peças importantes na equipa, são novos e neste momento estão mais rotinados com os atacantes. Temos melhorado também nos processos de treino ao nível da receção e tudo isso nota-se depois nos jogos, já fez com que os resultados tenham sido melhores no final da primeira fase.

É a terceira época na equipa principal do Sp. Caldas, tem sido um processo de descimento como treinador?
Quando comecei vinha da 2ª Divisão, da 3ª Divisão e do Nacional de juniores. O grau de exigência é diferente, tinha alguma experiência, mas não a este nível. Neste momento sinto-me mais confiante, tanto no processo de gestão do treino, como da gestão do jogo. É um processo natural, sempre com apoio dos capitães, o Nuno Pereira, que já não está cá, e do Kiká, duas pessoas importantes.

O público das Caldas tem sido um elemento extra para a equipa, este ano não há público nos jogos, sentem, fora do pavilhão, que as pessoas vos acompanham?
Sim, sentimos nas redes sociais através da transmissão dos jogos. O público é uma parte muito importante. Eu sou daqueles que até gosto do público quando jogo fora. No Norte há pavilhões com ambientes fantásticos, mesmo que por vezes algo mais agressivos, e dá outro gozo, mas é a realidade que temos. Era bom sinal que o público pudesse regressar, significava que o vírus estava a ser erradicado, que a vacina estaria a funcionar. Este pavilhão leva 800 pessoas, não seria grave ter aqui 100, esperemos que seja possível brevemente.