Futebol: Caldas voltou a ser pragmático… e a ganhar

0
500
- publicidade -

Vitória sobre os leões e escorregão do Sp. Covilhã abre nova possibilidade de chegar à fase de subidas

O futebol de ataque não serviu para ganhar à Académica, então, a precisar de três vitórias nos últimos três encontros, o Caldas voltou ao futebol pragmático e também aos triunfos. Se há uma semana nada estava ainda perdido quanto à chegada à fase de subidas, embora tivesse ficado bastante difícil, agora o Caldas continua a depender de terceiros, mas renovou esperanças, até porque os resultados da jornada foram favoráveis.
O Caldas-Sporting B foi o último jogo da jornada e o único disputado ao domingo, pelo que, quando entraram em campo, os pelicanos já sabiam que o Sp. Covilhã tinha perdido em Oliveira do Hospital e o Atlético deixado pontos na Amora. Ganhar era, então, fundamental para o Caldas e, para o Sporting B, era praticamente garantia de apuramento.
Os jovens leões começaram melhor. O virtuosismo das esperanças leoninas de futuro na chegada à área do Caldas cedo criou problemas à defesa caldense, que viu Nel obrigar Diogo Garrido (5’) a uma defesa difícil e Dudá (6’) desperdiçar uma clara oportunidade de golo, permitindo um corte tão precioso quanto corajoso a Gonçalo Barreiras, que voltou a jogar após seis jogos fora por lesão para render Januário na direita.
Esse virtuosismo do Sporting B na produção ofensiva obrigava o Caldas ao tal pragmatismo, a ser uma equipa sólida na sua estrutura defensiva e menos o Caldas ofensivo de outras partidas. Mas foi também isso que permitiu estancar o futebol de ataque dos leões e lançar a ofensiva, na parte final do primeiro tempo, que lançou o Caldas para a vitória.
Tudo começou com o lance da expulsão de João Muniz, numa transição rápida em que o central teve que recorrer à falta para travar Evandro e viu o segundo cartão amarelo. O Caldas carregou, perante alguma desorientação dos jovens leões e, além de marcar o golo da vitória, num livre muito bem executado por André Perre e finalizado por João Tarzan, como ainda tirou do jogo o endiabrado Dudá.
Na segunda parte, o Caldas geriu bem defensivamente e teve a sorte do seu lado nos dois momentos em que perdeu o controlo, vendo duas bolas, seguidas, bater nos ferros da baliza de Diogo Garrido. ■

Era disto que precisávamos

“Neste momento, era o que precisávamos”, disse José Vala no final da partida, referindo-se ao resultado e à exibição. “Encarámos este jogo como vamos encarar os próximos, sabendo que só a vitória interessa. Se dessemos espaço a esta equipa íamos passar mal. Acabámos por ter um pouco de sorte, mas fomos muito organizados e, tirando os lances na trave e no poste, não me lembro de muito mais oportunidades do Sporting”, completou. Agora segue-se o Pêro Pinheiro, que traz más recordações nos jogos desta época. “Ninguém vai pensar nisso, temos que ser ambiciosos, ir à procura, mas sem abrir espaços que permitam ao adversário marcar golos”, rematou. ■

- publicidade -

 

Momento do jogo

A expulsão de João Muniz. Tudo começa numa recuperação do Caldas no meio campo defensivo, Leandro Borges encontra João Tarzan para lançar a transição ofensiva. Com espaço, o avançado faz a abertura para Evandro, que já em velocidade é travado pela perna deixada ‘ para trás’ de João Muniz. José Rodrigues não teve dúvida em expulsar o central e o lance deixou desorientada a equipa leonina. É o momento capital da partida porque, além de ter desorientado os leões, também lhes limitou a capacidade de resposta.■

 

Protagonista

Joao Tarzan

 

 

João Tarzan 4
Além do golo decisivo, abriu o caminho no lance da expulsão e teve grande influência nas fases em que o Caldas tirou a bola ao leões

 

- publicidade -