Futebol: Derrota amarga na despedida da Mata

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João Silva esteve no melhor e no pior do Caldas no jogo

Autogolo e expulsão de João Silva virou jogo que podia ter dado liderança ao Caldas

O Caldas recebeu a Académica no jogo de despedida da época no Campo da Mata – fecha o campeonato este domingo nos Açores. O objetivo era o assalto ao primeiro lugar e até estava tudo a correr bem… até correr tudo mal.
A Académica estava, e continua, invicta desde a chegada do treinador Tiago Moutinho e a respirar confiança, mas o Caldas jogava bem e depressa mostrou que podia fazer estragos, com um ataque móvel a mostrar serviço, apoiado numa tarde inspirada, mais uma, de João Silva e João Tarzan.
Até ao minuto 43 só deu Caldas – a Académica dividia o jogo no meio, mas no ataque não incomodava Luís Paulo – o golo não apareceu por manifesta infelicidade, incluindo duas bolas no poste.
Mas a verdadeira infelicidade veio logo depois. Numa descida rápida, Hugo Sêco cruzou para a área, João Silva tentou amortecer para Luís Paulo, mas fez-lhe um chapéu. No lance seguinte, em ataque, João Silva foi tocado por Hugo Sêco e, num gesto de reflexo, acertou com o braço no adversário e foi expulso.
Mesmo reduzido a 10, o Caldas continuou à procura do golo e Gonçalo Barreiras quase o conseguiu, acabado de entrar, com um remate portentoso, para grande defesa de Bernardo. Mas nova expulsão, num ato irrefletido de Lucas Villela, deixou o Caldas sem resposta, e o segundo golo da Académica matou o jogo. ■

 

A figura
Leandro Borges (4)
A jogar com 10, o Caldas destapou o miolo, mas isso mal se notou. Mais um grande jogo, numa grande época.

 

 

 

Despedida para Luís Paulo e Paulo Inácio

A partida com a Académica foi mais do que a despedida do Caldas dos seus adeptos esta temporada. Quando o encontro terminou, o clube deu a conhecer que foi, também, a despedida para dois jogadores que são figura incontornável da história recente do clube: o guardião Luís Paulo e o médio Paulo Inácio, que estão de saída do clube. Luís Paulo, com 324 jogos em 11 temporadas, fica na história como o guardião com mais jogos de sempre na história do clube. O médio, se alinhar nos Açores contra o Fontinhas, atinge os 200 jogos em nove temporadas de pelicano ao peito. ■