Solução pode passar por haver cronometrista “da casa”, mas medida pode só entrar em 2024/25
Os clubes da 1ª Divisão distrital de futsal estão unidos para que o campeonato passe a ter cronometrista, o que ainda não se verifica. Os clubes já comunicaram à Associação de Futebol de Leiria (AFL) a pretensão de ter os jogos cronometrados já na temporada 2023/24. A AF Leiria está a analisar o pedido, mas a medida só deverá ser aplicada na época seguinte.
Neste campeonato, cada parte tem 30 minutos corridos e é dado tempo de compensação, como no futebol. Ângelo Ferreira, dirigente do Externato da Benedita, disse à Gazeta das Caldas que ter cronometrista nos jogos “é uma urgência que os clubes têm, não queremos adiar mais esta situação”.
O dirigente realça que há uma união extensa dos clubes nesta pretensão e a razão é simples: “ajustar o campeonato aos regulamentos da modalidade. Gostamos desta modalidade e queremos jogá-la em pleno”, diz.
Os clubes estão sensíveis à falta de recursos do Conselho de Arbitragem da AFL e, caso o quadro de árbitros não seja suficiente para garantir que todos os jogos sejam cronometrados, apresentaram propostas. Uma passa por chamar ex-árbitros. A outra é que seja indicado pela equipa da casa um cronometrista, que seria coordenado pela equipa de arbitragem.
“Pode existir rivalidade entre clubes, mas todos – jogadores, treinadores e dirigentes – preferimos expor-nos a esse risco do que continuar a jogar sem cronómetro, o que é contra as regras, e regulamentos da modalidade”, afirmou.
Manuel Nunes, presidente da AFL, disse à Gazeta das Caldas que a associação está a analisar o pedido, que não quer tomar uma decisão sem antes ouvir o Conselho de Arbitragem. O presidente diz que, “se houver entendimento entre todos e se for para melhorar o jogo e a verdade desportiva, não colocaremos entraves, mas é preciso ver as reais condições de funcionamento”.
O dirigente alerta, no entanto, que alterações ao Regulamento de Provas têm que ser aprovadas até 31 de janeiro, pelo que a introdução da medida na época que se avizinha é improvável, devendo aplicar-se apenas em 2024/25. ■