Festival teve mais de duas horas e juntou ginastas de grande nível técnico a nível mundial
Os caldenses amantes da ginástica habituaram-se ao longo de mais de 30 anos a ver ginástica de alto nível a encerrar a época desportiva nos festivais organizados por Stélio Lage, primeiro no Sporting das Caldas, depois pelo Acrotramp Clube das Caldas. Quem esperou pela 31ª edição não deu o tempo por perdido, a juntar a um bem montado espetáculo pelos ginastas da casa, esteve uma coleção de atletas de Elite nacional, europeia e mundial em diferentes áreas gímnicas, que ofereceram (mais) uma grande noite, que lotou a capacidade do Pavilhão Rainha D. Leonor na passada sexta-feira.
Este ano a festa teve uma dinâmica diferente do habitual. Primeiro porque começou logo com a atuação do trio de ginástica acrobática do Gimno Frielas, ainda antes dos discursos. Stélio Lage explicou, no seu discurso, que o trio atuou mais cedo porque, ainda naquela noite, tinha outro espetáculo em Loures. Mas a explicação até nem era necessária, porque foi uma forma de surpreender logo os espectadores com um grande momento a abrir o festival.
Depois do desfile de todos os atletas, começou, então, o festa do clube da casa. Também com uma dinâmica diferente. Em vez de cada classe fazer a sua atuação isolada, como era hábito nas edições anteriores, várias classes atuaram em conjunto para fazer um esquema por inteiro, dedicado aos quatro elementos. Uma história que funcionou muito bem, com o artista Pedro Esteves, do Chapitô, a fazer a ligação entre os quatro elementos, e os esquemas, animados e muito coloridos, a cativarem a atenção do público.
Como é habitual, a segunda parte foi dedicada aos ginastas convidados. O público viu e vibrou com ginastas titulados a nível internacional nas diversas disciplinas – o duplo minitrampolim, trampolim, tumbling e ginástica acrobática – e também com a classe de team gymn do Sporting Clube de Portugal, que veio ao festival caldense pela primeira vez.
Stélio Lage, presidente do Acrotramp, fez um balanço positivo do sarau. “Foi um grande espetáculo. De um ano para o outro que dizemos que não é fácil reunir este nível de atletas, mas é possível porque os treinadores são impecáveis. Estes atletas não fazem saraus, nem festivais pelo país, estão concentrados nas competições, vêm por simpatia, porque são amigos”, afirmou, acrescentando que a comparticipação do município das caldas da Rainha é fundamental para que o espetáculo tenha continuidade.
Durante o festival, o clube homenageou os seus campeões nacionais desta época, com enfoque em Sofia Vala e Henrique Lino, que, devido aos estudos, poderão estar a terminar os seus percursos competitivos.
No entanto, como tem feito ao longo dos mais de 30 anos de história, a sucessão está a ser feita. “Esperava que houvesse um grande fosso, por causa da pandemia, mas felizmente não aconteceu assim, temos malta muito nova com 9, 10, 11 anos a fazer bons resultados e com muito futuro pela frente”, sublinhou Stélio Lage.
Já durante a tarde os ginastas também atuaram para cerca de 700 alunos das escolas do concelho. ■