João Almeida vai fazer história ao tornar-se o segundo português da histórica do ciclismo português a conquistar um pódio numa das três grandes voltas. Para tal, basta chegar sem incidentes na etapa de consagração que leva os ciclistas amanhã até Roma. No contrarrelógio de hoje, João Almeida foi terceiro classificado, apenas atrás de Primoz Roglic, que esteve indomável na duríssima subida do Monte Lussari Tudor, e de Geraint Thomas.
João Almeida, que foi o antepenúltimo a partir para o contrarrelógio, fez o melhor tempo absoluto aos 10 quilómetros, aos 15 mantinha-se na frente, empatado com Caruso – com quem disputava o terceiro lugar – e à chegada à meta marcava o melhor tempo até então, com uma subida verdadeiramente impressionante.
Mas Primoz Roglic vinha atrás e não dava qualquer hipótese à concorrência. No plano ganhava dois segundos ao camisola rosa e 4 ao caldense da Emirates. Na subida foi demolidor e, apesar de ter tido um problema com a corrente, que o obrigou a trocar de bicicleta, ganhou o crono com 40 segundos sobre Geraint Thomas, a quem “tirou” a camisola Rosa, e 42 a João Almeida.
A não ser que haja um golpe de teatro, pouco provável, na derradeira etapa, Roglic vai vencer pela primeira vez o Giro, depois de ter ganho por três vezes a Vuelta, à frente de Geraint Thomas e João Almeida, que além do pódio, garante a conquista da camisola branca, para o vencedor do prémio da juventude.
O herói de A-dos-Francos será, assim, o segundo português a conquistar pódio numa das três grandes voltas do ciclismo mundial, depois de Joaquim, que foi segundo na Vuelta de 1974 e terceiro no Tour, em 1979.