Os insulares souberam tapar todos os caminhos para a sua baliza e surpreenderam com transições rápidas, mas o bis de Militão no espaço de cinco minutos evitou o segundo desaire na Mata.
Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Paulo Raposo, AF Santarém. Assistentes: Pedro Freire e Adelino Crespo
CALDAS 2
Luís Paulo [6]; Juvenal [6], Militão (C) [7], Gaio [6] e Farinha [6]; Paulo Inácio [6], André Santos [6], Pedro Faustino [7] (Nuno Januário [4] 85) e Karim Ladi [5] (Ruca [5] 46); Hugo Neto [6] (Ricardo Isabelinha [5] 69) e Bruno Eduardo [6]
Não utilizados: Rui Oliveira, Passos, Marcelo, Yordy
Treinador: José Vala
SP. IDEAL 2
Imerson; Gonçalo Reyes, Josemar, Baltazar e Hugo Simões (C); Artur Santos, Pereirinha (Sérgio Silva 58) e Dani Sousa (Pedro Santos 76); Henrique Gomes, Douglas (Tiago Novato 62) e Sèrge Brou
Não utilizados: Anthony, Rodrigo Simão
Treinador: André Branquinho
Ao intervalo: 0-1
Marcadores
Sérge Brou 32’, Pereirinha 58’, Militão 65’, Militão 70’
Disciplina
Amarelos: Artur Santos 7’, Karim Labdi 10’, Pereirinha 44’, Dani Sousa 71’, Baltazar 73’, Sérgio Silva 93’, Hugo Simões 95’
O Caldas cedeu o terceiro empate consecutivo no campeonato, que coincidiu igualmente com o terceiro jogo consecutivo em casa a empatar.
Num terreno pesado e contra um adversário que ocupou muito bem os espaços defensivos e jogou duro, os alvinegros apresentaram-se também com reforço da zona intermédia, o que não ajudou descongestionar o jogo nos primeiros 45 minutos.
O Caldas tinha o controlo da posse de bola, com Pedro Faustino a tomar a batuta do jogo ofensivo caldense. Mas a posse de bola no meio campo ofensivo não significava sufoco para a defensiva do Sp. Ideal, que só se aproximavam da baliza em três pontapés de canto e dois passes compridos aos quais Imerson chegou primeiro.
À passagem da meia hora ainda não havia sinal que os insulares pudessem criar grande perigo, no entanto, ao minuto 32 adiantaram-se no marcador. Num livre ofensivo para o Caldas, Imerson segurou nas alturas. O contra-ataque nem foi lançado rapidamente, mas o passe comprido de Hugo Simões apanhou o Caldas ainda descompensado. A bola caiu numa zona entre Militão e Luís Paulo, mas Sèrge Brou foi mais rápido que os dois e fez golo ao levantar a bola por cima do guardião para depois finalizar de cabeça.
O Caldas não reagiu no resto da primeira parte e José Vala mexeu ao intervalo, tirando um dos seus quatro médios para juntar Ruca a Bruno Eduardo e Hugo Neto na frente. O arranque da segunda parte foi promissor e Hugo Neto obrigou Imerson à primeira de duas boas defesas. No entanto, foi o Sp. Ideal que voltou a marcar e novamente num lance em que a defensiva do Caldas podia ter feito melhor. Entre a saída a jogar de Imerson e o golo, a bola passou por seis jogadores insulares que com 11 toques ampliaram a vantagem no marcador.
Dois minutos depois, Luís Paulo evitou o terceiro após perda de bola do Caldas em zona proibida. Mas a partir daí o filme do jogo mudou. Em cinco minutos, Militão bisou a responder a um livre e a um canto de André Santos. Sobravam 10 minutos, o Caldas continuou à procura do golo, mas apenas um lance de Ricardo Isabelinha e Ruca esteve perto de desfazer o empate.
No domingo, 8 de Dezembro o Caldas vai jogar com o Torreense, às 11h45, com transmissão no canal 11.
Melhor do Caldas
Se na primeira parte ficou ligado ao lance do primeiro golo do Sp. Ideal, batido pela velocidade de Sèrge Brou, acabou por rectificar ao assinar os dois golos, ambos em lances de bola parada, que permitiram recuperar o empate e ao tirar um golo a Tiago Novato na segunda.
JUVENAL, JOGADOR DO CALDAS
Estes pontos fazem falta
Demos dois golos de vantagem e tivemos que correr atrás do prejuízo, e felizmente tivemos a sorte de igualar a partida, faltou um golo para coroar a exibição. Pela entrega que tivemos durante o jogo e pelos lances que conseguimos criar merecíamos mais. Estas equipas mais “fracas” vêm jogar para o ponto, baixam muito as linhas, defendem com muita gente e faltam soluções. Temos que fazer um jogo mais directo, que não é o nosso modelo de jogo, mas é difícil jogar contra estas equipas. Temos obrigação de vencer em casa e há alguns jogos que não o conseguimos, são pontos que nos estão a fazer falta.
JOSÉ VALA, TREINADOR DO CALDAS
Alma e garra
Cometemos um erro na primeira parte e sofremos um golo, tivemos duas oportunidades, pelo menos, em cantos e não marcámos. O golo obrigou-nos a desequilibrarmo-nos, na segunda parte mudámos para os dois pontas de lança, tentar pressionar mais e com mais profundidade dos laterais e numa transição sofremos o 2-0. Mas a equipa tem alma, tem garra e conseguimos chegar ao empate.
A. BRANQUINHO, TREINADOR DO SP. IDEAL
Bolas paradas
Com 0-2 tivemos uma oportunidade para matar o jogo, não aproveitámos e depois sofremos dois golos de bola parada, situação em que sabíamos que o Caldas é forte. Não conseguimos evitar o empate, o que é uma pena porque os três pontos seriam muito bons para nós.