- publicidade -

Na recepção ao segundo classificado, o Caldas fez uma exibição personalizada, criou várias situações para fazer golo, sobretudo na segunda parte, mas o jogo terminou em branco.

O tempo chuvoso não estava particularmente convidativo, mas quem se deslocou ao Campo da Mata no passado domingo deu o tempo por bem empregue. Caldas e Benfica e Castelo Branco deram um excelente espectáculo, ao qual só faltaram mesmo os golos, já que oportunidades houve, para as duas equipas, e nem polémica faltou, com as duas equipas a protestarem lances em que pediam expulsão para o adversário.
O Caldas começou o jogo ao ataque, logo no primeiro minuto de jogo, num livre cobrado por Hugo Neto, Rui Almeida visou a baliza mas viu o remate travado por Pedro Eira, central que seria determinante para que o Caldas não ficasse com a vitória neste encontro.
Com as equipas encaixadas, o Caldas procurava explorar os flancos, sobretudo à esquerda, com os arranques de Ednilson a mostrarem-se uma arma importante, mas com os albicastrenses a conseguirem resolver sempre quando a bola chegava à zona de finalização.
Depois de um bom arranque da equipa caldense, o Benfica e Castelo Branco começava a mostrar também as suas armas no ataque que começaram a testar também a defensiva caldense, que respondeu sempre à altura.
O nulo ao intervalo ajustava-se, pelo equilíbrio de forças. Mas a primeira meia hora da segunda parte teve uma história diferente. O Caldas surgiu com linhas de pressão muito elevadas, com Simões e Paulo Inácio a não deixarem o meio campo albicastrense pensar o jogo, garantindo recuperações de bola em zonas adiantadas, lançando depois ataques muito perigosos.
Logo ao terceiro minuto, Simões desmarcou Ednilson mas o extremo não conseguiu enquadrar o remate. Depois foi a altura de entrar em jogo o central Pedro Eira, que no espaço de seis minutos tirou três golos ao Caldas, dois a Silveira e outro a Farinha. A fase do Caldas fazia prever que o golo surgiria a qualquer momento. Marcelo, a primeira opção a sair do banco, quase fez o gosto ao pé com um remate da zona frontal, mas Caio fez uma grande defesa.
Este lance surgiu já numa fase em que o Caldas denotava uma quebra física evidente. E logo a seguir tudo se podia ter precipitado. João Vasco conseguiu isolar Thompson, este fez a bola passar por Luís Paulo, ainda fora da área, e este acabou por tocar o avançado, ainda que de forma involuntária. Miguel Nogueira mandou jogar, perdoando o livre e a expulsão ao guardião, que não tinha tocado a bola. O lance motivou protestos dos albicastrenses, mas também o Caldas reclamou, ainda na primeira parte, vermelho para Zezinho que atingiu com o braço a face de Juvenal, numa disputa de bola no ar.
Quando se pensava que o final do jogo ia ser de aflitos para o Caldas, José Vala voltou a compor a equipa com as substituições e o Caldas voltou a ter uma grande oportunidade, com centro de Marcelo para Passuco na área, desta vez a bola passou por Pedro Eira, mas não passou por Issouf.

MELHOR DO CALDAS
SIMÕES 4
Um conjunto de passes magistrais, tanto na primeira parte como na segunda, abriram a defesa albicastrense diversas vezes. Grande exibição no meio a manter a equipa sempre ligada. Deu o tilt no último quarto de hora e não era para menos.

MILITÃO, JOGADOR DO CALDAS
Faltava exibição assim
Entrámos bem no jogo, depois o Castelo Branco teve mais bola mas não deixámos de ter o jogo controlado. Na segunda parte rectificámos algumas coisas, tivemos duas ou três ocasiões de golo, se tivéssemos marcado a vitória não escaparia. Faltava-nos uma exibição assim contra uma destas equipas, mostrámos o nosso verdadeiro valor, provamos que a classificação às vezes engana e temos qualidade para muito mais. É mais uma época para mim, com muito orgulho de representar o Caldas do meu coração.

- publicidade -

JOSÉ VALA, TREINADOR DO CALDAS
Um grande jogo
Foi um grande jogo e com uma segunda parte muito forte do Caldas, até aos 30 minutos estivemos sempre por cima, mas estávamos a jogar com uma grande equipa, que eles não precisavam de ir muitas vezes à nossa baliza para poderem marcar. Tivemos algum sobressalto nessa fase e havia duas situações a equacionar: ou arriscávamos para ganhar, ou estabilizávamos as transições ofensivas do Castelo Branco. Optei pela segunda, o Gaio e o Passuco entraram bem a fechar os corredores esquerdo e central. Voltámos na fase final a estar por cima. Aceito o resultado, mas a ganhar alguém seria o Caldas. Independentemente do erro do árbitro, acho que era falta do Luís Paulo, mas também acho que houve um lance nitidamente para vermelho directo na primeira parte.

SÉRGIO GAMINHA, TR. BC BRANCO
Lance para expulsão
Foi um jogo interessante, até em função do relvado. Foi um jogo agressivo, mas leal, com duas organizações diferentes. Na segunda parte o Caldas obrigou-nos a mudar a estrutura e trocar jogadores. Fizemos um bom jogo, amealhámos um ponto e continuamos na luta. Há um lance claro, uma falta que leva à expulsão do guarda-redes e seriam outros 12 minutos.

Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Miguel Nogueira, AF Lisboa
Assistentes: Manuel Gomes e Daniel Farinha
CALDAS 0
Luís Paulo [3]; Juvenal [3], Militão [4], Rui Almeida [4] e Cascão [3]; Paulo Inácio [4] e Simões [4]; Farinha [3] (Gaio [2] 82’), Hugo Neto [3] (Marcelo [2] 73’) e Ednilson [4] (Passuco [2] 88’); Rafael Silveira [3]
Não utilizados: Rui Oliveira, Januário, Bernardo Rodrigues
Treinador: José Vala
BC BRANCO 0
André Caio; Diogo Costa, Pedro Eira e Babia Issouf; André Cunha (C), Moamed Silla, Rafael Pinto (Rodrigo Thompson 73’), Jordão Cardoso (Aílson Tavares 60’) e Zezinho; Daniel Rodriguez (Leandro Melo 82’); João Vasco
Não utilizados: Gonçalo Nunes, Francisco Caetano, Pedro Almeida, Diogo Nunes
Treinador: Sérgio Gaminha
Disciplina: Cartão amarelo a Moamed Silla (34′), Zezinho (37′), Simões (43′), André Cunha (71′)
- publicidade -