Iniciativa da Escola de Guarda-redes de Nuno Areias juntou 28 guardiões de hóquei
As instalações da Associação Recreativa, Desportiva e Cultural de Antas, na freguesia de Carvalhal Benfeito, receberam entre os dias 9 e 14 de julho perto de 30 jovens dos 7 aos 18 anos de idade, que participaram na primeira semana de guarda-redes de hóquei em patins da Escola de Guarda-redes de Nuno Areias.
O evento trouxe à região jovens de todo o país, do Norte ao Algarve, rapazes e raparigas, para uma semana de estágio e de trabalho intenso durante a manhã, com o formador de guarda-redes Nuno Areias e alguns convidados. Da parte da tarde, os jovens realizaram diversas atividades fora do contexto do treino, de modo a conhecerem melhor a região e tirarem partido do que esta tem para oferecer.
“Termos aqui jovens guarda-redes de todo o país é uma forma de bebermos as experiências e métodos de cada um, o que ajuda ao crescimento de todos”, refere Nuno Areias, técnico alcobacense que fixou a sua escola de guarda-redes de hóquei em patins na Associação das Antas. Foi também esse o sentido de ter, ao longo de toda a semana, diversos convidados, entre guarda-redes e treinadores especializados no treino dos guardiões.
José Caldas, técnico que trabalhou com Ângelo Girão no Sporting e na seleção nacional, foi um desses técnicos. O “Mestre” Caldas, como é apelidado no seio da modalidade, trabalhou de perto com os jovens durante o penúltimo dia. À Gazeta das Caldas, considerou “importante” este tipo de iniciativas para trabalhar os jovens nesta modalidade e nesta posição tão específica. Ao mesmo tempo, afirma ser um sinal positivo que haja procura, o que é um sinal de que o hóquei em patins continua a ser uma modalidade apelativa para os jovens.
Nuno Areias também sublinha a importância para o trabalho específico para os guarda-redes. “Por vezes, nos clubes trabalha-se muito o jogador de campo e o guarda-redes acaba deixado a um canto, não se faz um trabalho específico para a sua evolução e desenvolvimento, mas depois, se for preciso, aponta-se o dedo quando as coisas não correm bem”, afirma.
O técnico faz um balanço positivo da atividade, realçando que isso é, também, reflexo do trabalho que foi desenvolvendo com a sua escola de guarda-redes e que, antes de se fixar na Associação das Antas, funcionava de forma itinerante, deslocando-se a diversas zonas do país, onde era solicitado.
Acabou por encontrar nas Antas as condições, quer físicas, ao nível das instalações, quer humanas, para fixar a escola, que recebe guarda-redes de todo o país para fazer treinos, três dias por semana, com guardiões de todas as idades. “É uma posição difícil e exigente e, ao trabalhar neste contexto, em que todos são guarda-redes, acaba por se gerar um ambiente favorável para trabalharem e aprenderem em conjunto”, realça o técnico. ■