O Caldas fez o que tinha que fazer na 17ª e penúltima jornada da primeira fase da Liga 3, venceu o Pêro Pinheiro (1-2), com Henrique a sair do banco para ser o herói da partida e manter a esperança dos pelicanos de chegar aos quatro primeiros na última ronda.
O Caldas entrou a todo o gás e logo no primeiro lance com princípio, meio e fim, esteve muito perto de chegar ao golo. Jogada de Evandro pelo corredor direito, ao segundo minuto, assistência para João Tarzan que viu um adversário fazer o corte quando se preparava para o remate, a bola ainda sobrou para Gonçalo Chaves, que consegue finalizar, mas outro defesa bloqueou o caminho e cedeu canto.
O pelicano precisava de ganhar para manter viva a esperança de chegar aos quatro primeiros lugares, mas o Pêro Pinheiro também queria vencer o jogo e isso criou condições para um bom jogo de futebol. A equipa do concelho de Sintra começou a libertar Bissula e este a fazer das suas. Após uma tabela com Sidney, numa bola conquistada na construção do Caldas, Bissula (9′) parecia ter tudo para fazer golo, mas Leandro Borges surgiu-lhe ao caminho e evitou o golo.
Com as duas equipas de pé no acelerador, ganhou o espetáculo, com as oportunidades a surgirem nas duas balizas.
Uma recuperação de bola de Leandro colocou a bola em Gonçalo Chaves, que dominou bem e rematou para a defesa de Enes (12′).
O Caldas carregava, mas tinha período de maior ascendente territorial, com mais algumas chegadas à baliza de Francisco Enes, mas maior dificuldades para finalizar.
O Pêro Pinheiro aguentou e teve, por volta da meia hora, o seu melhor período, com Bissula a pegar no jogo um pouco mais atrás e criar situações de desequilíbrio na defensiva do Caldas em combinações com Chiquinho. Na primeira (28′) Diogo Garrido chegou a tempo de evitar a finalização do extremo. Mas na segunda Chiquinho (31′) bateu o guarda-redes, mas acertou no poste.
O Caldas respondeu três minutos depois, com Leandro a bater comprido um livre defensivo, Chaves ganha o duelo com o central e fica isolado, mas Enes sai da baliza e faz grande defesa.
A segunda parte começa com o Caldas a ver duas vezes os ferros da baliza de Francisco Enes a negarem-lhe o golo, primeiro num centro chegado de André Perre, depois numa confusão na área em que parece ser um defensor a fazer o último desvio.
A sorte protegeu o Pêro Pinheiro, que depois chegou à vantagem. Numa saída de bola rápida de um pontapé de baliza, Miguel Rodeia lança Sidney, este ganha o sprint com Leandro Borges e bate Diogo Garrido.
Era um golpe duro para o Caldas, mas do banco viria a reviravolta. Ao minuto 70, José Vala lançou Januário, Júlio Sousa e Henrique. E foi este que foi decisivo ao apontar os dois golos que permitiram o triunfo ao Caldas. Dois minutos depois de entrar, empatou a partida. Bola comprida de Militão para a entrada da área, Tarzan ganhou o duelo aéreo e amorteceu a bola, Henrique dominou no peito e atirou ao ângulo, num golo de belo efeito. E aos 87 fez o golo da vitória. Num canto, Pepo colocou a bola ao primeiro poste, Henrique saiu à bola, dominou e na rotação atirou a contar.
O Caldas precisava de ganhar e ganhou e ainda pode chegar, na última jornada, ao quarto posto, embora dependa de terceiros.