Titular da baliza do Caldas pela 8ª temporada consecutiva, Luís Paulo já faz mais de 250 jogos de pelicano ao peito e encaminha-se para ser um dos guardiões mais utilizados de sempre pelo clube. No actual plantel, só Militão e Simões jogaram mais. No Caldas, Luís Paulo tem uma média inferior a 1 golo sofrido por jogo e deixou a baliza inviolada 98 vezes
Luís Paulo já ultrapassou os 250 jogos a defender as redes do Caldas SC. O guardião atingiu o registo na partida com a U. Santarém, que os alvinegros empataram a 3 bolas. Entretanto, já somou mais duas partidas e está a caminho de se tornar num dos guarda-redes mais utilizados de sempre pelo clube.
Formado no Bombarralense, Luís Paulo chegou ao Caldas proveniente do Murteirense, do distrital de Lisboa, na temporada 2012/13. Desconhecido para a maioria dos adeptos, depressa se assumiu como o dono da baliza, condição que mantém ao longo destas oito temporadas.
Neste percurso, Luís Paulo teve nove companheiros na baliza. João Guerra, em 2015/16, foi o que conseguiu jogar mais vezes (9).
Nestes 252 jogos já realizados, Luís Paulo mantém uma média inferior a um golo sofrido por jogo. E conseguiu manter a baliza inviolada em 98 ocasiões, ou seja, quase 39% dos jogos. A melhor sequência sem encaixar golos foram cinco partidas, na temporada 2015/16.
SUCESSO MARCA PERCURSO
“São oito ou nove épocas, já nem sei, e muitos jogos, mas espero que sejam muitos mais”, disse à Gazeta das Caldas o guardião, que escolhe a palavra “sucesso” para sintetizar o caminho que partilha com o clube.
“Mesmo no ano da minha chegada, conseguimos manter o Caldas nos campeonatos nacionais, o que foi um marco importante”, sustenta. Depois desse primeiro sucesso, o guardião destaca a disputa da fase de subida e, claro, a cavalgada épica até às meias-finais da Taça de Portugal.
“Temos vindo sempre num processo evolutivo e a apresentar resultados”, destaca.
Esses são, para já, os grandes momentos que marca de pelicano ao peito. Isso e as amizades que vão ficando. E maus momentos? “Não tenho. O Caldas é um clube diferente, ímpar no distrito, é um orgulho defender estas cores”, defende.
Associado a clubes da 2ª Liga na temporada em que brilhou de alvinegro na Taça de Portugal, Luís Paulo não lamenta não ter subido a esse patamar.
“Cheguei ao clube certo e estabilizei aqui. Não tenho intenção de sair, a não ser quando acabar a carreira, porque espero terminar no clube onde me iniciei, no Bombarralense”, diz o guarda-redes, que garante ficar enquanto se sentir útil e desejado no Caldas.
No Bombarralense o guardião jogou nos escalões jovens, e também na equipa sénior, durante mais de uma década. “Fiz ali amizades de infância que duram até hoje e foi lá que me preparei para chegar até aqui”, refere. Mas só terminará a carreira no clube bombarralense se isso não implicar um confronto com o Caldas.
Dúvidas do Conselho Fiscal adiaram votação das contas do Caldas
O Caldas SC reuniu os sócios em Assembleia-geral no passado dia 20 de Fevereiro para apresentação e votação do relatório e contas referente ao exercício de 2018/19, mas o acto acabou por ser suspenso e adiado para 13 de Março. O motivo da suspensão da assembleia-geral foi uma divergência entre as contas apresentadas pela direcção aos sócios e as que foram facultadas previamente ao Conselho Fiscal, para emissão do parecer daquele órgão de fiscalização do clube. Em causa estavam divergências de valores em três rubricas, nomeadamente nas outras contas a receber, referente ao activo corrente do clube, nos fornecimentos e serviços externos, referente aos gastos, e no resultado líquido do exercício. Nas três rubricas a diferença de valor superava os 56 mil euros. Logo após José da Silva e Evaristo Sousa, presidente e relator do CF, respectivamente, terem levantado a questão da divergência de valores, o presidente da direcção, Jorge Reis, suspendeu a votação para que seja averiguada, em conjunto com a empresa de contabilidade, a causa da divergência e qual dos documentos está correcto. As contas apresentadas pela direcção apresentavam um resultado líquido negativo em 28 mil euros. O que o Conselho Fiscal disse ter em sua posse apresentava um resultado negativo em 84 mil euros. O documento será novamente apresentado e avaliado pelos associados dentro de duas semanas, a 13 de Março. Recorde-se que, no exercício 2017/18, o Caldas apresentou um saldo positivo nas contas de 260 mil euros. No entanto, esse resultado surgiu inflaccionado uma vez que parte das despesas que o clube teve para acolher os jogos da Taça de Portugal, no valor próximo dos 120 mil euros, só foi contabilizado em 2018/19. Depois da suspensão da votação das contas, já não foi apresentado o orçamento e plano de actividades para a época em curso, o que só será feito na próxima AG.
ELEIÇÕES DENTRO DE UM MÊS
Depois da AG de 13 de Março, os associados serão novamente chamados no final de Março, ou início de Abril, para as eleições para os órgãos sociais. Jorge Reis anunciou que a actual direcção se irá recandidatar, com um plano de investimento para aplicar os capitais que já entraram no clube pela cedência do direito de superfície do posto de combustíveis.