Campo Joaquim Maria Batista, Alcanena
Árbitro: Tiago Antunes, AF Lisboa
Assistentes: Wilson Marques e Silvino Patrão
ALCANENENSE 2
Fábio; Ito, Luís Oliveira, Daciel e Bahadir; Faia, Bob e Ailson (Bruno Ferreira 79’); Danny Esteves, Bata (Luís Tavares 76’) e Carlos Oliveira (Jair 84’)
Não utilizados: Xico, Avito, Bruno Rodrigues
Treinador: José Torcato
CALDAS 0
Natalino [2]; Militão [2], Rui Almeida [2] (C), Rony [2] e Clemente [2]; Paulo Inácio [2] (André Santos [2] 59’), Simões [2] e Marcelo [2]; Felipe Ryan [2] (Araújo [2] 59’), João Tarzan [2] e Nuno Januário [2] (Farinha 76 [1])
Não utilizados: Van Zeller, Cruz, Bé, Vítor Tarzan
Treinador: José Vala
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Danny Esteves (26’) e Ito (89 gp)
Disciplina: amarelo a Faia (21’), Natalino (87’) e Simões (90’+2)
Os 45 minutos mais cinzentos da época numa segunda parte em que se exigia uma resposta forte à desvantagem explicam em grande parte o resultado negativo do Caldas em Alcanena e o regresso a uma posição incómoda na tabela.
Não é que a primeira parte dos pelicanos tivesse sido brilhante, longe disso, mas ao longo desses 45 minutos (ou em 44 desses minutos) pareceu o Caldas a equipa mais competente, principalmente na função de prever e anular o plano ofensivo do adversário.
Num relvado difícil de jogar, bem curtinho mas muito encharcado, em que o jogo habitualmente mais pensado do Caldas tinha como obstáculo a dificuldade dos jogadores em manterem a aderência ao solo, aprecia correcta a abordagem cautelosa. Sem um futebol ofensivo e vistoso, mas método e alguma precisão o Caldas podia ganhar o jogo, ou pelo menos pontuar.
O remate de Marcelo ao minuto 10, a rasar a barra da baliza de Fábio, e outro de Januário após uma derivação da esquerda para o meio, deixavam essa ideia.
A estratégia começou, porém, a falhar ao minuto 26, aquele único em que o Caldas não foi melhor na primeira parte. Fábio bateu comprido para Danny Esteves, este bateu Clemente em velocidade, aguentou o ombro a ombro e rematou forte ao primeiro poste. Natalino foi surpreendido pela precisão do remate.
O Caldas respondeu com o melhor lance do jogo. Januário novamente à esquerda a trabalhar para oferecer o empate a João Tarzan, o cabeceamento era certeiro mas Bahadir fez de muralha, na recarga Simões tentou de longe mas Fábio já estava bem colocado. Na primeira parte o Caldas ainda ficou a protestar um empurrão de Bahadir sobre Ryan na área.
A perder ao intervalo, era de esperar que o Caldas tentasse acelerar no segundo tempo. Mas isso nunca aconteceu. Foi o Alcanenense que percebeu melhor o que tinha de fazer, e a fazê-lo. Com o jogo manietado na zona de meio campo, o Caldas nunca teve velocidade e acutilância de jogo ofensivo, nem capacidade para criar desequilíbrios com movimentos de ruptura. E nem mesmo as substituições deram o abanão necessário ao jogo, enquanto no Alcanenense Bruno Ferreira e Luís Tavares aumentaram a pressão sobre a defesa caldense que levaria ao segundo golo, obtido numa grande penalidade.
MELHOR DO CALDAS
Simões 2
Se na primeira parte o Caldas pareceu (quase) sempre mais organizado que o Alcanenense muito desse trabalho passou pelo posicionamento do número 55. Faltou manter o nível na parte da construção.