Quarto de hora de terror na primeira derrota em dois meses

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Gazeta das Caldas
O Caldas esteve mal em termos defensivos, incluíndo nos lances de bola parada |Joel Ribeiro
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Campo do Sacavenense, Sacavém
Árbitro: João Bento, AF Santarém
Assistentes: Samuel Dionísio e Diogo Pereira

SACAVENENSE        4
Hugo Cardoso; João Job, Yaka, Diogo Duque e André Pires; Carlos Saavedra e Xavier Fernandes; Luís Mota (Joel Neves 75’), Nuno Borges e Tiago Santos (Robinho 64’); Iaquinta (Pedro Augusto 90’)
Suplentes: Ruben, Nelson Torres, André Duarte, Gonçalo
Treinador: Bruno Dias

CALDAS            2
Luís Paulo [3]; Cascão [2], Juvenal [2], Militão (C) [2] e Clemente [3]; Paulo Inácio [2] e Vítor Tarzan [2] (Cruz [2] 62’); Farinha [2] (Januário [1] 80’), João Tarzan [3] e Felipe Ryan [2]; Pedro Emanuel [2] (Araújo [2] 62’)
Suplentes: Natalino, Paixão, Marcelo, Bé
Treinador: José Vala
Ao intervalo: 3-1
Marcadores: Tiago Santos (4’), Diogo Duque (10’), Iaquinta (15’), Farinha (19’), João Tarzan (68 gp), Joel Neves (87’)
Disciplina: amarelo a Carlos Saavedra (42’)

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Terminou de forma brusca a série positiva do Caldas, dois meses e meio sem perder, com três vitórias e um empate no campeonato e as duas passagens na Taça de Portugal pelo meio. Foi um quarto de hora de descalabro que fez temer o pior em Sacavém, mas o pelicano conseguiu, mesmo assim, sair de cabeça erguida.
Antes de ir aos factos é preciso recuar um pouco no tempo, para enquadrar este quarto de hora infernal. A primeira baixa foi Juvenal, a 30 de Dezembro contra a Académica. Em Coruche o Caldas perdeu Simões, por lesão, e também o central Rony, expulso nessa partida e castigado em dois jogos. Uma semana depois também Rui Almeida recebia ordem de expulsão, o que afastava dois dos centrais da partida de Sacavém. Se até aqui cada jogador escolhido para ocupar as vagas respondeu com nota máxima, o conjunto de alterações forçadas acabaram por ter um impacto demasiado forte num sector tão delicado como o defensivo.
O Caldas também começou o jogo a olhar para a frente, com um bloco subido que só ajudou a expor a falta de rotinas do sector recuado, quer na extrema defesa, quer nas transições ofensivas e defensivas no terço mais recuado. E o Sacavenense foi exímio a aproveitar essas carências, muito mais rápido na reação à recuperação de bola do que o Caldas na reação à perda.
O resultado foram três golos no quarto de hora inicial, nas três ocasiões que conseguiu criar. Luís Paulo adiou as três com belas intervenções, mas acabou sempre batido à segunda.
Ao terceiro golo temeu-se o pior, porque aquela entrada podia ter feito desmoronar por completo o grupo alvinegro e, a manter-se o ritmo, podia sair dali uma goleada difícil de digerir. No entanto, quatro minutos depois uma boa saída em ataque permitiu a Farinha reduzir.
Aos poucos o Caldas foi reconstruindo a solidez possível. Novamente com muito apoio fora das quatro linhas, mesmo que os processos de jogo não fossem os melhores que já se viram, o Caldas foi acreditando e conseguiu reduzir num bom lance de Clemente que terminou com João Tarzan ensanduichado por dois defesas na área e a marcar de penálti.
Faltava apenas um golo para evitar a derrota, o Caldas apostou tudo, inclusivamente uma defesa a três, mas acabou por abrir espaço para o contra-ataque do Sacavenense sentenciar a partida.

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