Guilherme Lourenço em ação enquanto treinava para a mítica competição

Guilherme Lourenço exibiu-se em grande plano na Diagonale des Fous, uma das corridas da Grand Raid da Ilha da Reunião, cuja 30ª edição decorreu entre 20 e 23 de outubro naquele departamento ultramarino francês situado no Oceano Índico, a Este de Madagáscar e a Sudoeste das ilhas Maurícias. O relvense foi o melhor dos 17 portugueses que participaram nesta que é uma das mais duras provas de ultra-trail de montanha a nível mundial, ficando em 16º lugar na geral e 6º no escalão (seniores), entre 2.893 participantes.
Apesar de não esconder que gostaria de ter ficado no top ten, o atleta diz que “tem de ficar contente” com o resultado, e mostrou-se feliz com o facto de ter conseguido “chegar ao final sem problemas graves”, um verdadeiro “desafio” numa prova como esta, que, o ano passado, não conseguiu completar, devido a uma lesão no joelho.
Guilherme Lourenço realizou a prova de 164 quilómetros e com um desnível positivo de 10.200 metros em 28h37m, sem paragens para dormir. O atleta esperava completar a prova em “26/27 horas” e, no início, ia “na frente”. Porém, um desvio do percurso, em conjunto com o grupo com o qual estava a correr, fê-lo perder posições, tendo optado por não “matar o ritmo” aquando da retoma do sentido correto.
Este ano, a participação foi dedicada a um amigo recentemente falecido a quem deve a entrada no mundo das corridas de montanha, Luís Serrazina (CRP Ribafria), e foi possibilitada pelo apoio financeiro e logístico do casal francês residente nas Relvas, François e Christine Wilman, adeptos da modalidade, que praticavam nos Alpes franceses. ■