Após dois jogos atribulados, foi no regresso à organização que o Caldas sacou a vitória
À terceira jornada, primeira vitória para o Caldas na corrente edição da Liga 3. Foi um jogo que marcou o regresso de um Caldas calculista, mais organizado, depois da atitude ofensiva das duas primeiras jornadas terem rendido apenas um ponto e revelado insegurança no setor recuado.
Depois do 4-2-3-1 do primeiro jogo e do 3-5-2 do segundo não terem conduzido o Caldas ao resultado, nem ao desempenho, pretendido, José Vala lançou um novo desenho tático para o encontro, num 4-3-3 mais clássico, acompanhado de uma postura mais cautelosa, de modo a corrigir os desequilíbrios defensivos que resultaram nos seis golos sofridos dos primeiros dois jogos.
Regresso, então, a uma defesa a 4, com Leandro a assumir-se como pivot defensivo no meio campo e a providenciar os equilíbrios na manobra defensiva, com Pepo e Miguel Rebelo a tratar das transições e dos tempos de pressão, apoiando e recebendo apoio da linha de três do ataque, que voltou a contar com Evandro e Farinha como extremos bem abertos e João Tarzan como vértice mais adiantado.
Além do desenho tático – cuja eficiência depende muito da forma como os jogadores o interpretam -, foi um Caldas com maior foco na organização e ocupação dos espaços, de modo a não ser surpreendido na perda de bola, o que tirou alguma da exuberância no processo ofensivo.
Mas, nesta altura, o resultado era o mais importante, até porque, do outro lado, estava um Alverca em situação e postura semelhantes.
Na primeira parte, o Alverca criou perigo, sobretudo, em lances de bola parada e ainda teve uma bola na barra. O Caldas foi melhor no ataque posicional, com Farinha e Tarzan perto do golo.
Na segunda, o jogo manteve-se repartido em termos de posse de bola. Mas as substituições agitaram as águas. No Alverca, Luiz Miguel acrescentou ao ataque. No Caldas, André Perre e Pisco aceleraram os processos, com Januário e João Tarzan a juntarem-se em protagonismo.
Antes destes combinarem para decidir a partida, tempo para Wilson brilhar (74’) ao negar o golo a Luiz Miguel, mantendo o resultado em branco para o quarteto decidir, cinco minutos depois. ■
Protagonista
João Tarzan 4
Quarto golo em três jogos. Esteve sempre ligado, a defender, a construir e a finalizar. Quem tem um jogador assim…