O estudo prévio para o novo parque de estacionamento subterrâneo, com três pisos, e uma praça, foi apresentado aos deputados caldenses, que agora o irão apreciar em pormenor. A obra terá um custo na ordem dos 6,8 milhões de euros.
A Câmara das Caldas pretende criar um parque de estacionamento no final da Rua 15 de Agosto, mais concretamente no “miolo” do quarteirão formado entre as ruas 15 de Agosto, Manuel Mafra, Manuel José António e a rotunda da Fonte Luminosa. Com uma área total de intervenção superior e 8500 metros quadrados, o objetivo passa pela criação de um parque de estacionamento, a requalificação de área de superfície com a criação de espaços de lazer e de uma cafetaria.
O parque de estacionamento, subterrâneo, será composto por três pisos, com um total de 568 lugares. Será criado numa “estrutura contida e suficientemente afastada dos edifícios existentes de modo a garantir todas as condições de segurança”, refere a informação da Divisão de Gestão Urbanística e de Planeamento entregue aos deputados municipais caldenses, que debateram o assunto na Assembleia Municipal de 20 de fevereiro.
Também a superfície será requalificada e transformada numa praça, que contemplará uma cafetaria, esplanada coberta, um parque infantil e áreas de estar.
A estimativa de custos com esta intervenção é de 6,8 milhões de euros e, de acordo com o vice-presidente, Joaquim Beato, trata-se de um projeto “estruturante” para o município. No orçamento de 2024 está apenas verba para o estudo preliminar do projeto, especificou o autarca na reunião, fazendo notar que ainda estão a trabalhar com as Infraestruturas de Portugal para conseguirem as autorizações necessárias para a sua concretização.
“Pensamos que este parque de estacionamento e o outro, previsto para junto da OesteCIM, são passos enormes na área da mobilidade”, concretizou Joaquim Beato durante a apresentação do estudo prévio.
Para o deputado socialista, Jaime Neto, este é um assunto estratégico para a atratividade da cidade e concelho, pedindo para ser escrutinado na comissão de Urbanismo, onde, aliás, será apreciado a 12 de março.
Na opinião dos socialistas, a boa execução deste projeto pode assegurar às Caldas a “ambição de ter um maior e melhor interface intermodal de transportes e assegurar a mobilidade dos cidadãos à rede ferroviária nacional”. Relativamente à praça, no piso térreo, Jaime Neto considera que deveria também ter espaços de cowork, nesta ótica de interface regional de transportes.
Embora reconheça como interessante a requalificação daquela zona, o deputado do PSD, Alberto Pereira, colocou dúvidas relativamente ao facto da praça ficar ladeada pela traseira de prédios. Continua a defender a construção de um parque de estacionamento no final da Avenida 1º de Maio, junto à estação, como resposta à falta de estacionamento naquela zona.
A falta de espaço existente no local para a existência de uma estação intermodal foi identificada, desde logo, pelo deputado do VM, Luís Rolim, tendo em conta os edifícios existentes. Deu ainda nota da necessidade de fazer sondagens devido aos altos níveis freáticos ali existentes. Já o seu colega de bancada, Eduardo Matos, reconheceu tratar-se de uma obra pesada ao nível da engenharia, questionando o executivo sobre a sua concretização, se será assegurada pela autarquia ou poderá avançar no âmbito de uma parceria público-privada.
O modelo de exploração foi questionado pelo deputado social-democrata Paulo Espírito Santo, que quis saber se o parque a criar terá um regulamento e preçário idêntico aos atuais parques de estacionamento subterrâneo, mantendo, por exemplo, os períodos gratuitos. De acordo com o vice-presidente, Joaquim Beato, no financiamento da ITI- Investimentos Territoriais Integrados, está prevista uma verba para este parque de estacionamento.
O autarca explicou ainda que pretendem construir um prédio no final da Avenida 1º de Maio, junto à estação, que terá cerca de 70 lugares para estacionamento. “Queremos consolidar os estacionamentos, mas não convidar para que seja no centro da cidade”, disse, acrescentando que também irão repensar a forma de uso dos parques existentes, nomeadamente com condições diferenciadas para quem os utiliza durante a noite.
A requalificação daquela zona do Bairro da Ponte foi enaltecida pelo presidente da união de freguesias, Nuno Santos, que gostaria de ver, no piso térreo, mais espaços verdes e menos betão. ■
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