Uma dezena de participantes deu largas à imaginação e produziu desenhos e versos dedicados à Praça da Fruta. Tratou-se de uma iniciativa de turismo criativo, dinamizada pela Associação Destino Caldas e que teve lugar no domingo, 7 de Setembro, junto ao Posto de Turismo. A “declaração de amor” à praça é um projecto piloto voltado para o turismo e teve uma vertente ecológica. Os trabalhos vão ser impressos em sacos de pano, em nome de um melhor ambiente.
Alguns preferiram destacar os legumes e os frutos que se vendem naquele espaço identitário. Houve quem reproduzisse o seu centenário tabuleiro enquanto que outros salientaram aspectos históricos ou ligados à alimentação saudável.
Os trabalhos que se realizaram durante a manhã vão agora ser sujeitos a uma selecção e os que melhor sintetizam a homenagem à Praça vão ser reproduzidos em sacos de pano.
Esta foi uma iniciativa da Associação Destino Caldas que faz parte da rede Creatour e que foi dinamizada por Mariana Calaça Batista. Este foi o terceiro projecto piloto do projecto Caldas Creative Tourism que antes se dedicou a outras iniciativas. A primeira implicou uma visita guiada à cidade, por personagens históricas como Bordalo Pinheiro e, em seguida, uma visita à Mata e ao Parque que terminou com actividades relacionadas com o pintor José Malhoa.
Esta terceira proposta – que visa homenagear a Praça da Fruta e criar memórias relacionadas com aquele local – poderá no futuro ter como alvo pequenos grupos de turistas que queira vivenciar uma experiência de conhecer melhor a Praça da Fruta. “Poderá ser uma ideia a ser vendida aos hotéis e usufruída pelos seus clientes”, disse a responsável.
Célia Antunes foi uma das participantes nesta iniciativa e diz que o exercício proposto a fez olhar para a Praça da Fruta numa perspectiva diferente. “Quando vou às compras, não tenho a visão global sobre este local identitário”, contou. A autora escolheu criar um desenho onde salientou o tabuleiro da Praça. Áurea Bica fez uma maçã estilizada como símbolo do que ali se vende. A autora gostaria de juntar algumas frases que chamam a atenção para a valorização daquele espaço onde há “uma interessante fusão de sabores e de cores”.
Para Mário Caeiro, docente da ESAD que também fez parte da iniciativa, esta foi uma excelente ideia que obriga a quem participa “a estar atento ao ambiente e a toda a imagem relacionada com a Praça”. É na sua opinião uma ideia com potencial e que poderia ser aproveitada como projecto para os turistas que queiram conhecer melhor o património local.
A artista plástica Paula Nobre coordenou a execução dos trabalhos e referiu que o desafio que se colocava aos participantes era o de “encontrar uma solução gráfica simplificada que o autor goste e que resulte”. Na sua opinião, a Praça da Fruta é, sem dúvida, o coração da cidade e que deve ser preservado e valorizado. Para a docente, pode ser dado também um bom exemplo ecológico ao colocar os desenhos no saco de pano pois defende a abolição do uso do plástico.