Artista caldense mostra BD no Posto de Turismo

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“Observar…” é a exposição de estreia do caldense, no Posto de Turismo, e que reúne as suas serigrafias e bandas desenhadas

A mostra abriu portas ao público, a 9 de setembro, na Galeria do Espaço Turismo, ao cimo da Praça. É a primeira mostra individual de Miguel Pinto Ferreira, formado em Artes Plásticas, na ESAD.CR, que aposta em trabalhos de grande escala, feitos a preto e branco. Aposta na BD e também na serigrafia. O artista sempre foi um apaixonado pelo desenho e sobretudo pela arte dos quadradinhos. À Gazeta das Caldas contou que tem influências de autores da nona arte oriundos de vários países não só da Europa como da América e, sobretudo ,do Japão.
A Miguel Pinto Ferreira interessa refletir sobre o ato de “Observar” e nesta mostra expressa as reflexões sobre esta temática usando como recurso a ilustração narrativa.
Além desta exposição, o artista pretende editar um novo livro de BD, que terminou recentemente e que diz que é autobiográfico. A obra, que o autor gostaria de editar, ultrapassa as 80 páginas. Sobre ela, Miguel Pinto Ferreira conta que é uma espécie de diário, onde “tenta ser uma pessoa melhor, mais bondosa e gentil”.
Acha ainda muito apelativo trabalhar temas como a vulnerabilidade, reconhecendo que autores como o canadiano Chester Brown são uma importante referência para o seu trabalho de banda desenhada.
Nas suas pranchas, Miguel Pinto Ferreira usa também Scaramouche, uma das personagens da Comedia del Arte e surge no seu camarote, nos bastidores. “Ele sente uma grande pressão antes da performance…Um pouco de receio antes da entrada em palco”, disse o autor.
Miguel Pinto Ferreira garante que vai continuar a trabalhar na sua área e vê-se também a realizar parcerias que envolvam outros meios artísticos. “Tenho um irmão gémeo que tirou cinema”, contou o artista plástico que é fã confesso de Eça de Queirós, tendo nomeado “Frei Genebro” como o seu conto favorito. Conta a história de um frade que vai para o Purgatório. Mais: Miguel Pinto Ferreira nomeia-se entre os poucos jovens que leram “Os Maias” “por vontade e não por obrigação”.
Já participou em várias exposições coletivas, dentro e fora do país. Foi um dos estudantes selecionados para representar a ESAD.CR, no Festival Internacional de Grabado y Arte sobre papel, que decorreu em Bilbau, em 2021.
“Observar” está patente até 29 de setembro, no Posto de Turismo, ao cimo da Praça da Fruta. ■

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