Criação de uma zona de inversão de marcha fácil junto ao hospital termal

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Gazeta das Caldas
Mapa 1 -Perpendicular perigosa
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Motivação:
como jovem residente de Caldas da Rainha e frequentador assíduo da rua de Camões, rua que dá acesso ao hospital termal e ao parque Dom Carlos I, considero que o funcionamento desta zona da cidade após as obras de requalificação é lamentável.
Venho então por este meio expor um dos vários problemas com que todos os dias me deparo, utilizando para isso alguns exemplos, e apelar ao bom censo da CM para a resolução destes mesmos problemas, apresentando uma proposta concreta de resolução.
É raro o dia que não vejo pessoas que vêm da rotunda da rainha para a Rua de Camões, não encontram estacionamento, querem fazer inversão de marcha e não podem, sendo a única opção viável seguir este conjunto de passos:
1. subir o Largo Rainha Dona Leonor;
2. virar à esquerda numa rua muito inclinada e estreita o que requer alguma destreza (e a ausência de carros mal-estacionados à direita, o que é frequente);
3. seguir numa estrada estreita e virar outra vez à esquerda.
Este processo parece bastante simples, no entanto é impossível negar que existe aqui um problema quando nos prédios que fazem a ligação entre o largo Rainha Dona Leonor e o largo Dom Manuel I existem fachadas de prédios raspadas pelos carros que não conseguiram fazer bem a perpendicular (Mapa 1).
Eu mesmo já me deparei com o caso de uma ambulância (que julgo não ser de Caldas da Rainha) que seguia à minha frente e que não se apercebendo do quão estreita e inclinada era perpendicular que ligava as duas ruas, raspou na parede.
Mais uma vez, é de salientar que o incidente da ambulância é apenas um no meio de muitos que acontecem todos os dias no largo do termal:
1. Carros que raspam nas paredes;
2. Carros que são obrigados a fazer “marcha atrás”, porque se enganaram no caminho, obrigando todos os outros que estão atrás de si a deixar descair o próprio veículo e quando se apercebem de que é preciso virar, já estão em cima da curva.
Dados concretos:
Irei agora realçar por tópicos (para uma fácil leitura) os problemas com percurso efetuado no Mapa 2 (melhor alternativa para se efetuar uma inversão de marcha):
1. Largo Rainha Dona Leonor é extremamente inclinado (aproximadamente 10º) o que o torna perigoso, sempre que é necessário fazer ponto de embraiagem e manter uma distância de segurança em relação ao carro da frente;
2. A estrada é incrivelmente escorregadia no Inverno, devido ao facto de se tratar de calçada, contribuindo para os acidentes com carros que acabam por raspar nas esquinas dos prédios, que fazem a ligação entre o Largo Rainha Dona Leonor e o Largo Dom Manuel I;
3. O trajeto a efetuar para se proceder a uma simples inversão de marcha é de cerca de 348m onde peões circulam na estrada devido à ausência de passeios, quando podiam ser apenas 5m “seguros”;
4. Ter de efetuar este trajeto para se inverter o sentido acrescenta um grau de complicação à cidade. Passo a explicar:
Nós, Caldenses, temos problemas em perceber um fato. Caldas da Rainha é uma cidade “complicada e confusa” e o fato de não se poder efetuar algo tão simples como uma inversão de marcha, num local que tem todas as condições para que esta se possa efetuar com toda a segurança acrescenta a essa “complicação”.
Tocando agora no tópico do turismo, acho que é importante referir quais os trajetos mais comuns que os turistas efetuam quando querem fazer uma simples inversão de marcha e se perdem por não saber que têm que virar à esquerda, de modo a seguir em direção ao Largo Dom Manuel I.
No Mapa 3 encontra-se o pior dos casos, mas infelizmente também o mais comum, cujo trajeto se prolonga ao longo de 1,200Km;
No Mapa 4 encontra-se um trajeto não tão mau, com 0,500Km, no entanto é péssimo se comparado com os 5m que se poderiam percorrer no caso de ser possível uma inversão de marcha junto ao hospital termal.
De certo que a CM fez este tipo de estudos que aqui apresento aquando das decisões tomadas na requalificação do largo do Termal, mas a situação concreta que se apresenta não reflete esses mesmos estudos. Como futuro engenheiro, estou convicto de que somente estudos ponderados sobre a realidade concreta da cidade nos trarão um bom entendimento do seu funcionamento e uma maior satisfação dos utentes.
Não percebo, repito, porque é que o largo do hospital Termal não funciona como uma “espécie de rotunda” de modo a facilitar as inversões de marcha. Trata-se de uma zona histórica da cidade, é certo, mas por causa disso mesmo merece uma valorização.
Proposta de resolução:
A minha atual sugestão, partilhada por muitas das pessoas que frequentam a rua é tão só isto: uma simples alteração da disposição dos vasos e dos bancos que se encontram no largo do termal.
Em vez da forma desorganizada em que se encontram os vasos e bancos expostos no largo do Termal, estes podiam ser colocados de forma estratégica, em forma de círculo, de modo a facilitar a inversão de marcha dos carros. Deste modo todos ganham e ninguém perde:
– Ganham as pessoas que percorrem esta zona da cidade de carro, pois evitam percorrer longos trajetos por “ruas e ruazinhas” onde junto a carros circulam peões;
– Não perde quem gosta de sentar nos bancos a apreciar os monumentos da cidade, pois a sua presença não seria comprometida.
É de realçar novamente que não proponho a criação formal de uma rotunda. Penso que a referida reorganização dos vasos em modo rotunda é uma solução amigável, de bom censo e sem custos para a Câmara Municipal das Caldas da Rainha.
No Mapa 5 podemos verificar o novo trajeto que poderia ser efetuado se fosse efetuada esta reorganização dos bancos e dos vasos no largo do termal e como funcionou outrora. Com apenas 5m de trajeto podemos ver que até o Google Maps concorda que é uma boa ideia, visto que no mapa até já aparece esta ligação de estrada que em tempos foi cortada pela colocação desorganizada de vasos.
Conclusão:
para concluir que, gostaria de referir que esta medida iria enriquecer a cidade, não só para os moradores que podem economizar um pouco no combustível que consomem junto ao pulmão da cidade, como também para os turistas que iriam ser apresentados com uma cidade que teria agora menos um grau de complexidade.
Aguardo uma resposta das entidades responsáveis, mas acima de tudo aguardo por uma resolução rápida e eficiente deste problema.
Informo ainda que tenciono tornar pública esta carta, enviando não só por correio e email para os órgãos responsáveis da Câmara das Caldas como também publicando na internet e/ou noutros meios de comunicação.

Marcelo Fialho Jacinto

NR – Contactada a autarquia, recebemos a seguinte resposta do Gabinete de Imprensa da Câmara Municipal das Caldas da Rainha:

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Começamos por agradecer o contributo do Sr. Marcelo Fialho Jacinto que revela, antes de mais, uma atitude de reflexão e interesse das pessoas na melhoria das condições do concelho.
No entanto, a solução de que fala o leitor não foi aplicada aquando as obras da regeneração urbana porque é necessário garantir a estabilidade das condutas oriundas do Hospital Termal, que não podem ser sujeitas a uma grande intensidade de tráfego.
A solução que permita a inversão de marcha no Largo do Termal originaria essa intensidade (de tráfego) na zona das condutas.

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