Auto Júlio pondera mudar a sede do grupo para Torres Vedras

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O grupo caldense adquiriu as instalações das quais era arrendatária em Torres Vedras | DR
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Ideia não é nova e ganha força com a aquisição das instalações onde está instalada em Torres Vedras e as dificuldades no processo de licenciamento da futura sede em São Cristóvão

Joel Ribeiro

O Grupo Auto Júlio formalizou recentemente um forte investimento na aquisição das instalações de Torres Vedras, onde já se encontrava com a representação das marcas Nissan, Mazda e Volvo. Esta operação faz renascer a hipótese de uma mudança da sede daquele que é um dos maiores grupos empresariais caldenses para aquele concelho.
Nesta fase, a administração do grupo escusou-se a prestar declarações sobre este assunto, mas a Gazeta das Caldas apurou que a hipótese de mudança da sede para Torres Vedras volta a ganhar força devido ao que uma fonte da empresa classifica de “entraves processuais” que o Grupo Auto Júlio tem encontrado no projeto de construção da nova sede, no antigo campo de futebol de São Cristóvão, onde a empresa tem o quartel-general desde a fundação, em 1987.
Com as atuais instalações esgotadas na sua capacidade, a empresa apresentou no final do ano passado o anteprojeto na Câmara das Caldas da Rainha, tendo António Júlio assumido à Gazeta das Caldas que seria necessário limar alguns pormenores para se pudesse passar ao projeto final. No entanto, tem sido mais difícil ultrapassar as dificuldades do que era inicialmente esperado.

Vontade da empresa é permanecer em São Cristóvão, mas dificuldades com o projeto da nova sede obriga a pensar em alternativas

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Já anteriormente o grupo ponderou a mudança para Torres Vedras, num processo que culminou com a ampliação da sede em São Cristóvão, em 2015. Hipótese que ganha agora força renovada pela volumetria das instalações agora adquiridas, mas também pela vontade da autarquia torriense, que para convencer a empresa caldense a concluir o processo de aquisição do edificado acedeu a realizar melhorias nos acessos às instalações.
O Grupo Auto Júlio é um dos maiores grupos empresariais das Caldas, com uma faturação anual de 150 milhões de euros e que emprega atualmente 350 colaboradores.

Interesse público municipal
A Câmara das Caldas acredita que a empresa mantém “interesse em manter a sua sede nas Caldas da Rainha” e atribui a morosidade do processo à burocracia.
A autarquia refere que, atendendo ao interesse publico municipal da obra da Auto Júlio, deliberou o início do procedimento de alteração ao PDM, “com vista à viabilização do projeto pretendido”. A este seguiu-se o período de 15 dias úteis para participação pública, que está em curso. O processo segue depois para apreciação da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo, seguindo-se nova discussão pública e votação pela Assembleia Municipal. “Estes processos obedecem a prazos e procedimentos definidos legalmente e que a Câmara tem de cumprir”, sustenta a autarquia.

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