O desemprego diminuiu 11% nas Caldas da Rainha durante o ano de 2016 e 7,7% em toda a região Oeste Norte. Durante o ano passado o número de desempregados registados no IEFP na região manteve a tendência de descida iniciado em 2013 e é preciso recuar a 2007 para encontrar melhores registos. Há, no entanto, um dado preocupante: o desemprego entre os jovens aumentou, o que não acontecia desde 2013.
A subida do desemprego entre os jovens (até aos 25 anos de idade) é o único dado que contraria a descida generalizada do número de desempregados na região. Desde 2013 que o desemprego jovem estava em curva descendente, mas durante 2016 este aumentou, de 796 para 833, com mais 4,6% que em Dezembro de 2015.
Este não é, contudo, o único dado que pode suscitar alguma inquietação entre os menores de 25 anos que procuram emprego. É que esta faixa etária representa 13% dos desempregados na região, enquanto a média nacional se situa nos 11,5%.
Em todas as restantes faixas etárias o número de inscritos nos serviços de emprego diminuiu. A maioria das pessoas que procuram trabalho na região têm entre 35 e 54 anos (2.860 pessoas). Neste intervalo de idades o desemprego baixou 10,8% em relação a Dezembro de 2015.
A procura dos empresários por mão-de-obra nos centros de emprego diminuiu 21,1%. O mesmo aconteceu com as colocações, que caíram 10,1%.
DESCIDA ACENTUADA NAS CALDAS
O desemprego contabilizado pelos serviços do IEFP teve uma descida generalizada nos concelhos que compõem o Centro de Emprego Oeste Norte (Caldas da Rainha, Alcobaça, Bombarral, Cadaval, Nazaré, Óbidos e Peniche). O número final, em Dezembro de 2016, foi de 6.419 inscritos nos serviços de emprego, menos 7,7% que no final de 2015.
Este valor permite à região aproximar-se dos valores de 2007 (6.278 desempregados), quando a economia nacional estava no seu período mais positivo dos últimos 10 anos.
Se todos os concelhos contribuíram com melhorias no mercado de trabalho, Caldas da Rainha acabou por ter um dos comportamentos mais interessantes. Com uma variação homóloga de menos 11%, Caldas fechou o ano passado com 1.803 inscritos no IEFP, um valor que é mesmo inferior ao registado no final de 2007 (1.879). De resto, tanto nos dados disponibilizados pelo IEFP, como no portal de estatística Pordata, é preciso recuar até 2001 para encontrar um número menor de desempregados nas Caldas (1.447).
O Cadaval foi o concelho com maior variação homóloga (-15,5%), enquanto Alcobaça foi onde o número menos baixou (-1,1%).
No entanto, se o número de desempregados na região se aproxima dos registados em 2007, há um dado que ajuda a perceber que ainda há algumas diferenças em relação há nove anos atrás. É que se nessa altura o número de pessoas em programas ocupacionais na região era de 420, no final de 2016 era mais do triplo: 1.448. Mesmo assim, também este dado teve um recuo considerável durante o ano passado, de 32,7%. O mesmo acontece com o número de indisponíveis (pessoas que não têm emprego mas não entram na contabilidade por motivos de saúde), que eram 261 e passaram a ser 442.